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Gastos militares e corrida armamentista têm maior alta desde a Guerra Fria, diz relatório

Disparada bélica ocorre em meio a duas grandes guerras, na Ucrânia e em Gaza, e tensões na Europa

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 abr 2025, 16h33

Um novo relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), divulgado nesta quarta-feira, 30, indicou que os países estão se armando na maior velocidade desde 1988, um ano antes da queda do Muro de Berlim e do fim da Guerra Fria (1947-1989). A disparada bélica ocorre em meio a duas grandes guerras, na Ucrânia e em Gaza, e a tensões na Europa.

“Muitos países também se comprometeram a aumentar os gastos militares, o que levará a novos aumentos globais nos próximos anos”, disse o relatório.

O planeta viu um aumento de 9,4% nos gastos militares no ano passado, de acordo com o documento do SIPRI. Os Estados Unidos continuam sendo de longe o maior peso na balança, com quase US$ 1 trilhão destinados à área de defesa. O orçamento americano abrange US$ 48,4 bilhões (mais de R$ 274 bi) em ajuda militar para a Ucrânia, o que representa quase três quartos das despesas de defesa de Kiev, na casa de US$ 64,8 bilhões (cerca de R$ 367 bi).

Além do apoio aos ucranianos, o pacote engloba caças furtivos F-35 e seus sistemas de combate (US$ 61,1 bilhões), navios para a Marinha (US$ 48,1 bilhões), modernização do arsenal nuclear (US$ 37,7 bilhões) e defesa antimísseis (US$ 29,8 bilhões). Depois dos Estados Unidos, vem a China, com investimentos de US$ 314 bilhões, pouco menos de um terço do total dos americanos. Washington e Pequim representam, juntos, quase metade dos gastos militares mundiais do ano passado.

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China x Taiwan

Segundo o relatório, Pequim “revelou diversas capacidades aprimoradas em 2024, incluindo novas aeronaves de combate furtivas, veículos aéreos não tripulados (VANTs) e veículos subaquáticos não tripulados”, acrescentando que “a China também continuou a expandir rapidamente seu arsenal nuclear”.

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“O aumento do poder militar da China também influenciou as políticas militares de seus vizinhos, levando muitos deles a aumentar os gastos”, disse Jade Guiberteau Ricard, pesquisadora do Programa de Despesas Militares e Produção de Armas do SIPRI, à emissora americana CNN.

Embora Taiwan tenha aumentado seu orçamento no setor em apenas 1,8% no ano passado, suas despesas militares subiram 48% desde 2015. A China considera a ilha, uma pequena nação insular, parte de seu território e promete retomar o controle do local.

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Israel, Rússia e Otan

Países em guerra também apresentaram um aumento impressionante. Os gastos militares de Israel, que combate o Hamas desde outubro de 2023, dispararam em 65%, ao passo que a Rússia mostrou um crescimento de cerca de 38% nos aportes ao setor. O SIPRI, no entanto, acredita que o número russo seja ainda maior, uma vez que Moscou incrementa os cofres militares com dinheiro de outras fontes.

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Membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental, aparecem, em peso, no ranking. Entre os países, estão Alemanha (alta de 28% nas despesas com defesa), Romênia (43%), Holanda (35%), Suécia (34%), República Tcheca (32%), Polônia (31%), Dinamarca (20%), Noruega (17%), Finlândia (16%), Turquia (12%) e Grécia (11%).

“O rápido aumento de gastos entre os membros europeus da Otan foi motivado principalmente pela ameaça russa contínua e pelas preocupações sobre um possível desligamento dos Estados Unidos da aliança”, afirmou Ricard.

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