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Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Gaza é atingida por apagão e fica incomunicável enquanto tanques israelenses avançam

Internet e linhas telefônicas foram cortadas em todo enclave após início da invasão terrestre à Cidade de Gaza

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 set 2025, 08h37

Enquanto tanques israelenses foram vistos em duas áreas da Cidade de Gaza, que são consideradas portas de entrada para o centro da cidade, o enclave palestino sofreu um apagão generalizado nesta quinta-feira, 18, com internet e linhas telefônicas cortadas. Observadores lembram que apagões anteriores aconteceram antes de intensos ataques de Israel, então as operações terrestres no território devem escalar.

A Companhia Palestina de Telecomunicações afirmou em comunicado que seus serviços foram cortados “devido à agressão em andamento e aos ataques às principais rotas de rede”.

Em sua última declaração à imprensa, o Exército israelense afirmou estar expandindo suas operações na Cidade de Gaza, desmantelando o que chamou de “infraestrutura terrorista” e “eliminando terroristas”. O comunicado não mencionou o apagão, e reiterou que os militares continuam operando em Khan Younis e Rafah, no sul.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) controlam os subúrbios a leste da Cidade de Gaza. Nos últimos dias, soldados têm atacado as áreas de Sheikh Radwan e Tel Al-Hawa, de onde estariam posicionadas para avançar sobre o centro e o oeste da cidade, onde a maior parte da população está abrigada. A agência de notícias Reuters conversou com moradores de Sheikh Radwan que disseram que os israelenses detonaram quatro veículos controlados remotamente cheios de explosivos, e que as explosões destruíram muitas casas.

Pelo menos catorze palestinos foram mortos por bombas ou tiros israelenses no enclave nesta quinta-feira, incluindo nove na Cidade de Gaza, disseram autoridades de saúde locais. De acordo com as Nações Unidas, no final de agosto, cerca de um milhão de pessoas viviam na cidade. As IDF afirmaram que mais de 350 mil palestinos fugiram desde que Israel anunciou, em 10 de agosto, sua intenção de assumir o controle total da área. Mas um número ainda maior permanece no local, seja em casas destruídas ou em acampamentos improvisados.

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Os militares têm distribuído panfletos instando os moradores a fugirem em direção a uma “zona humanitária” no sul do território, mas lá alimentos, medicamentos e espaço são insuficientes, enquanto abrigos são inadequados, segundo as Nações Unidas.

Na quarta-feira, Israel afirmou que abriu uma rota adicional para fora da cidade por 48 horas, instando os civis a se deslocarem para o sul. Dados de agências internacionais de ajuda humanitária indicam que mais de 55 mil pessoas fugiram do norte de Gaza entre domingo e quarta-feira, mas mais de meio milhão não saíram, de acordo com estimativas israelenses e do Hamas.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse estar claro que Israel não tem interesse em um resultado pacífico.

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“Israel está determinado a ir até o fim e não está aberto a uma negociação séria para um cessar-fogo, com consequências dramáticas do ponto de vista de Israel”, disse Guterres.

Falando do sul do enclave, Tess Ingram, da UNICEF, descreveu o deslocamento forçado em massa de famílias como uma “ameaça mortal para os mais vulneráveis”.

“É desumano esperar que quase meio milhão de crianças, espancadas e traumatizadas por mais de 700 dias de conflito implacável, fujam de um inferno para acabar em outro”, insistiu.

Os habitantes da Cidade de Gaza estão sendo empurrados, juntamente com dezenas de milhares de outros palestinos, para “uma suposta zona humanitária” que abrange Al-Mawasi e áreas vizinhas, disse Ingram. Segundo ela, o destino dos deslocados é “um mar de tendas improvisadas, desespero humano” e serviços “insuficientes” para sustentar os que já vivem lá — que dirá mais gente.

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