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Genro de Trump responsabiliza palestinos por choques em Gaza

Confrontos entre as forças israelenses e manifestantes palestinos deixaram ao menos 52 mortos e 1.700 feridos

Por Da Redação
Atualizado em 14 Maio 2018, 18h25 - Publicado em 14 Maio 2018, 16h35
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  • Em discurso na cerimônia de inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, o genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, responsabilizou os palestinos pela violência registrada nesta segunda-feira na Faixa de Gaza.

    Confrontos entre as forças israelenses e manifestantes palestinos deixaram ao menos 52 mortos e 1.700 feridos em Gaza. Os protestos foram motivados pelas celebrações dos 70 anos de independência de Israel e pela abertura da embaixada americana.

    “Como vimos nos protestos dos últimos dias e de hoje, os que provocam violência são parte do problema, não da solução”, afirmou Kushner, referindo-se aos palestinos.

    O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel foi um dos mais controvertidos anúncios do presidente Donald Trump, que ficou isolado na decisão de transferir a embaixada do país à cidade, também reivindicada como capital pelos palestinos. Apenas Guatemala e Paraguai adotaram a mesma posição.

    Kushner disse ainda que a abertura da embaixada será vista no futuro como o início do processo que supostamente levará a paz à região. Mas muitos analistas acreditam que a decisão inviabilizou de maneira definitiva qualquer negociação entre israelenses e palestinos mediada pelo Estados Unidos.

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    Marido de Ivanka Trump, Kushner foi escolhido pelo presidente americano para comandar esse processo negociador e deverá divulgar sua primeira proposta sobre o assunto nas próximas semanas.

    “Jerusalém é a capital eterna e indivisível de Israel”, declarou o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que obteve uma importante vitória política no momento em que é investigado por suspeita de corrupção. “Nós estamos em Jerusalém e nós estamos aqui para ficar”, afirmou.

    Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como sua capital. Anexada por Israel em 1967, a região é considerada um território ocupado pela comunidade internacional.

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    Horas antes da cerimônia, milhares de palestinos protestaram na divisão do território com Israel. Impedidos de cruzar a barreira de separa os dois lados, eles colocaram fogo em pneus e lançaram pedras e bombas incendiárias na direção dos soldados, que responderam abrindo fogo contra os manifestantes.

    Os americanos sustentam que as fronteiras de Jerusalém ainda estão sujeitas a negociação no âmbito do processo de paz. Os palestinos decidiram se retirar das conversas em dezembro, quando Trump anunciou a mudança da embaixada para Jerusalém.

    Com a decisão, o presidente dos Estados Unidos cumpriu uma de suas promessas de campanha, que agrada principalmente à sua base evangélica branca. O grupo votou em peso em Trump e vê no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel o cumprimento de uma profecia bíblica.

    (Com Estadão Conteúdo)

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