Governo Biden anuncia planos de remover Cuba de lista de países patrocinadores do terrorismo
Presidente deve notificar Congresso nesta terça, mas medida pode ser revertida após a posse de Donald Trump, na semana que vem

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja remover Cuba de uma lista de países patrocinadores de terrorismo e aliviar algumas das duras sanções que atingem a ilha, disse uma autoridade à emissora CNN nesta terça-feira. A medida, no entanto, pode ser revertida após a posse de Donald Trump, na semana que vem.
Segundo a fonte ouvida pela CNN, Biden irá notificar o Congresso nesta terça-feira sobre a intenção de suspender a designação, destacando que “uma avaliação foi concluída e não temos informações para apoiar a designação de Cuba como um Estado patrocinador do terrorismo”. O objetivo é criar “um ambiente” que facilite “a libertação de defensores dos direitos humanos”, incluindo aqueles “detidos injustamente durante os protestos de julho de 2021”.
O plano inclui a revogação de uma ordem de Trump que restringiu algumas transações financeiras com alguns cubanos ligados ao governo e às Forças Armadas, de acordo com um alto funcionário do governo.
Em 2021, nos últimos dias da gestão Trump, o ex-secretário de Estado Mike Pompeo incluiu Cuba na lista, dizendo que, à época, Havana estava “fornecendo apoio a atos de terrorismo internacional ao garantir porto seguro para terroristas”, depois de se recusar em extraditar líderes de guerrilhas colombianas. Segundo Pompeo, Cuba teria renegado os compromissos feitos quando o presidente Barack Obama tirou o país da lista de terroristas, em 2015.
Trump, que toma posse em 20 de janeiro, pode tentar reavivar as sanções quando estiver no cargo. Ele prometeu uma linha dura em relação a Cuba e nomeou Marco Rubio, filho de imigrantes de Cuba e um crítico declarado do governo da ilha, como secretário de Estado.