Governo francês suspende aumento de impostos sobre combustíveis
Fim do aumento era principal reivindicação do movimento dos "coletes amarelos", que gerou grande crise social no país
Por Da Redação
Atualizado em 4 dez 2018, 09h56 - Publicado em 4 dez 2018, 08h40
O governo da França suspendeu por seis meses o novo aumento de impostos sobre os combustíveis que entraria em vigor em janeiro. A interrupção do aumento foi a primeira reivindicação do movimento dos “coletes amarelos”. Os manifestantes protagonizaram no sábado protestos de grande violência em todo o país, em particular em Paris.
O primeiro-ministro, Édouard Philippe, já comunicou aos deputados “uma moratória” desse aumento tributário em um encontro na manhã desta terça-feira, 4, com seu grupo parlamentar na Assembleia Nacional, segundo a imprensa local.
Philippe também apresentará outras medidas para tentar acalmar os ânimos dos “coletes amarelos” em um comunicado que deve ser transmitido pela televisão ainda hoje.
Segundo o premiê, contudo, nenhuma das medidas será tomada oficialmente antes de um debate apropriado com todas as partes afetadas e envolvidas.
O encontro entre o primeiro-ministro e algumas lideranças dos “coletes amarelos”, que estava previsto para esta tarde com o objetivo de buscar uma saída para a crise social, foi cancelado.
A maioria dos coletes “amarelos” tinha advertido desde ontem que não iria à reunião em sinal de protesto pela atitude inflexível do governo. Alguns deles confirmaram que receberam ameaças de outros integrantes do movimento para impedir que comparecessem ao encontro.
Soluções para a crise
Philippe recebeu ontem os responsáveis dos partidos políticos que lhe pediram que suspenda o aumento dos impostos sobre os combustíveis programado para 1º de janeiro.
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Na segunda-feira 3 à noite, o presidente Emmanuel Macron convocou para um gabinete de crise uma dezena de ministros cujas pastas estão diretamente envolvidas com as reivindicações dos manifestantes dos “coletes amarelos”.
Macron cancelou uma viagem prevista para a Sérvia na quarta e na quinta-feira por causa dos protestos, que hoje continuam na forma de bloqueios de algumas estradas.
Os impostos
O governo francês tinha programado um aumento das taxas sobre o combustível de 6,5 centavos de euros por litro para o gasóleo e de 2,9 centavos para a gasolina a partir de 1º de janeiro.
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As medidas faziam parte de sua estratégia para reduzir a dependência do petróleo e favorecer uma economia com emissões menores de dióxido de carbono para lutar contra a mudança climática.
Com o novo aumento, que se somaria ao que já foi aplicado no início deste ano (7,6 centavos para o gasóleo e 3,9 centavos para a gasolina), o governo previa arrecadar cerca de 3 bilhões de euros por ano.
(Com EFE e Reuters)
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VEJA Mercado – terça, 12 de novembro
As pistas do governo Lula sobre cortes de gastos e entrevista com André Perfeito
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 12. Os integrantes do governo Lula estão dando algumas pistas sobre o famigerado pacote de cortes de gastos que chegou a terceira semana de discussão. Em conversa com jornalistas, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que vai apoiar as propostas e que existe um total alinhamento dentro do governo em relação ao assunto. Já Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, afirmou que a eficiência e o combate a fraudes em programas sociais já fizeram as despesas previstas de 175 bilhões este ano caírem para 168 bilhões — podendo chegar a 166 bilhões em 2025. O presidente Lula afirmou em entrevista à RedeTv que vai “vencer” o mercado e que “eles falam muita bobagem”. O fato é que o setor público voltou a registrar um déficit de pouco mais de 7 bilhões de reais em setembro. O clima na Faria Lima não é dos melhores. O Ibovespa ficou estagnado e o dólar subiu para os 5,76 reais. Um curioso “efeito Trump” tem interferido nos mercados. O bitcoin ultrapassou a marca dos 82 mil dólares e bateu sua nova máxima história diante impulsionado pelo apoio do presidente eleito aos ativos digitais e pela expectativa de um Congresso composto por legisladores favoráveis ao setor cripto. Já os analistas do UBS-BB cortaram as recomendações para as ações da mineradora Vale diante de um enfraquecimento nos preços do minério de ferro por causa das prováveis retaliações que a China deve sofrer dos EUA no governo Trump. Diego Gimenes entrevista o economista André Perfeito.
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