O governo do Líbano teme que a catástrofe desencadeada pela grande explosão na última terça-feira 4 no porto de Beirute e a emergência de saúde que causou poderia precipitar um aumento nos casos de Covid-19 na capital. A enorme detonação já deixou ao menos 137 mortos e 5.000 feridos.
O ministro da Saúde, Hamad Hassan, disse nesta quinta-feira, 6, à rádio oficial libanesa que teme um “aumento do número de pacientes nos próximos dias” devido à necessidade de priorizar o atendimento às mais de 5.000 pessoas feridas pela explosão.
Ele também apontou que muitos equipamentos de proteção foram perdidos na explosão, pois um armazém de remédios e outros suprimentos foi destruído. O governo quer que os hospitais de campanha que estão sendo montados para atender os feridos também atendam aos casos do novo coronavírus.
Até o momento, o Líbano confirmou 5.062 infecções e 65 mortes por Covid-19 e tem registrado um aumento significativo nos testes positivos nas últimas semanas.
A explosão destruiu grande parte do porto de Beirute e deixou danos por vários quilômetros ao redor. Os hospitais da capital libanesa entraram em colapso nas horas seguintes à tragédia, com milhares de pessoas chegando com ferimentos de vários tipos.
As autoridades da província de Beirute informaram que o prejuízo está estimado entre 3 bilhões de dólares (cerca de 15,9 bilhões de reais) ou 5 bilhões de dólares (cerca de 26,5 bilhões de reais) e que ainda cerca de 100 pessoas estão desaparecidas.
O país está de luto oficial há três dias desde ontem e a capital libanesa está em estado de emergência sob a supervisão das Forças Armadas, encarregada de manter a ordem.
(Com EFE e AFP)