O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira um novo pacote de sanções contra o Irã por conta do recente teste de míssil realizado pelo país persa. Os alvos das medidas são treze pessoas e doze empresas e entidades iranianas suspeitas de estarem ligadas com o programa armamentista de Teerã. Elas são acusadas por Washington de “contribuir para a proliferação de armas de destruição em massa” e de “ligações com o terrorismo”.
Na última quarta-feira, a Casa Branca já havia advertido o Irã por causa do teste de míssil e chamado o ato de “provocação”. Já o governo iraniano disse que não houve “nenhuma violação” às resoluções das Nações Unidas (ONU). O país persa é uma das sete nações incluídas no decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, que suspende por noventa dias a entrada em solo americano de cidadãos de sete Estados de maioria muçulmana — os outros são Síria, Iraque, Iêmen, Líbia, Sudão e Somália.
O republicano sempre criticou o acordo nuclear assinado entre o Irã e as principais potências do planeta, que permitiu a Teerã continuar desenvolvendo seu programa atômico, desde que para fins pacíficos. “O Irã é indiferente às ameaças provenientes do exterior. Nunca começaremos uma guerra, mas usaremos nossas armas para nos defender”, disse nesta sexta o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif.
O país também estuda, por meio de seu banco central, abolir o uso do dólar como moeda de referência em transações internacionais. Um possível substituto seria o euro, mas o Irã também possui intensas relações comerciais com grandes nações que adotam outras divisas, como Rússia (rublo) e China (iuane).
(Com ANSA)