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Governo Trump cita ‘acesso à informação’ no Brasil em indireta a determinação de Moraes

Texto do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental faz referência a ordem contra rede social Rumble

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 fev 2025, 20h03 - Publicado em 26 fev 2025, 15h34

O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, um setor do Departamento de Estado dos Estados Unidos, criticou nesta quarta-feira 26 o bloqueio de “acesso à informação e imposição de multas sobre companhias” sediadas em solo americano. O texto é uma referência indireta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou na última sexta-feira o bloqueio da rede social Rumble no Brasil, assim com o pagamento de multa diária de 50.000 reais até que a plataforma indicasse um representante legal no país.

+ Rede social de Trump e Rumble entram com nova ação contra Moraes nos EUA

“O respeito pela soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil. Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar pessoas que vivem nos Estados Unidos é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”, diz o texto do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental publicado no X, antigo Twitter.

Em relação ao Rumble, plataforma de vídeos similar ao YouTube e amplamente difundida entre conservadores nos EUA, Moraes afirma que a empresa cometeu “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais” sob um “ambiente de total impunidade e ‘terra sem lei’ nas redes sociais brasileiras”.

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No fim de semana, a rede e o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump,  entraram com uma ação contra Moraes na Justiça dos EUA. Embora o conglomerado de mídia do republicano não tenha sido afetado pela decisão de Moraes, o grupo diz que as ordens do juiz vão contra as proteções à liberdade previstas na Primeira Emenda da Constituição dos EUA. A Justiça americana não analisou o mérito do caso e citou falhas em documentações e questões de jurisdição.

As empresas afirmam que as ordens do ministro do STF “violam a soberania americana, a Constituição e as leis dos Estados Unidos”. Em um despacho, por sua vez, Moraes afirmou que o presidente-executivo da Rumble, Chris Pavlovski, “confunde liberdade de expressão com uma inexistente liberdade de agressão”.

O principal usuário do Rumble que teve sua conta na mira de Moraes é o blogueiro de extrema-direita Alan dos Santos, que vive como foragido nos Estados Unidos após o ministro pedir sua prisão. Plataformas como YouTube, Twitter, Facebook e Instagram acataram as determinações do ministro, mas a Rumble segue resistente.

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