Governo Trump começa a esboçar decreto para eliminar Departamento da Educação, diz emissora
Presidente tentou acabar com pasta durante seu primeiro mandato, mas foi barrado pelo Congresso

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou a esboçar um decreto que pode dar início ao processo de acabar com o Departamento da Educação, uma das promessas de campanha do republicano, disseram duas fontes familiares ao assunto à emissora americana CNN, nesta terça-feira, 4.
Durante o primeiro mandato de Trump como presidente, em 2017, ele tentou unir os departamentos de Educação e Trabalho em uma única agência federal. Embora seu partido controlasse tanto o Senado quanto a Câmara na época, a proposta não foi adiante.
+ Elon Musk pode desencadear a primeira crise no governo Trump?
Desta vez, segundo as fontes ouvidas pela CNN, o processo seria dividido em duas frentes. Em uma delas, via decreto presidencial, Trump direcionaria o secretário da Educação a criar um plano para enxugar o departamento. Na outra, o presidente forçaria o Congresso a aprovar uma lei para acabar com o departamento.
Na última sexta-feira, como parte dos esforços do governo para diminuir o número de funcionários públicos ligados a esforços de diversidade e acessibilidade, dezenas de funcionários do Departamento da Educação foram colocados em licença administrativa remunerada.
Durante a campanha eleitoral, Trump repetidamente usou o departamento como um alvo para o que chamou de “guerra cultural”.
“Vamos drenar o pântano educacional do governo e acabar com o abuso do dinheiro dos seus contribuintes para doutrinar a juventude americana com todo tipo de coisa que vocês não querem que nossa juventude ouça”, disse.
Historicamente, o Congresso americano sempre resistiu quando presidentes propuseram cortes na educação, chegando a apropriar mais financiamentos do que o solicitado pelo chefe do Executivo em 70% das vezes, segundo análise do Brookings Institution. Até mesmo quando Trump quis acabar com o Departamento da Educação em seu primeiro mandato, deputados e senadores aprovaram um aumento em financiamentos.