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Grávida baleada nos EUA é detida após perder o bebê

O bebê de Marshae Jones morreu depois dela ter levado um tiro na barriga durante uma briga; polícia alega que ela expôs o feto a risco desnecessário

Por Da Redação
28 jun 2019, 16h25
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  • Uma mulher grávida de 27 anos foi indiciada por homicídio culposo depois de perder seu bebê em um tiroteio no estado do Alabama, nos Estados Unidos, apesar de não ter nem ao menos encostado na arma.

    Identificada como Marshae Jones, ela foi presa na quarta-feira 26, por ter começado a briga que levou  outra mulher a balear sua barriga, em dezembro do ano passado, segundo a imprensa local. A autora dos tiros não foi detida por falta de provas.

    As organizações “pró-escolha” do Alabama afirmam que o caso mostra como as leis mais restritivas sobre o aborto, aprovadas em maio pelo estado, devem afetar outros casos.

    O procurador distrital de Jefferson County emitiu um comunicado afirmando que as autoridades ainda analisam se irão seguir com o processo do “caso verdadeiramente trágico”, negando qualquer conexão entre a prisão de Marshae e a legislação antiaborto.

    “Nosso gabinete está no processo de avaliar este caso e ainda não tomou uma decisão sobre investigá-lo como uma ocorrência de homicídio, reduzi-lo para um crime menor ou então apenas arquivá-lo”, explicou a nota.

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    De acordo com o portal AL.com, no dia 4 de dezembro, aos cinco meses de gravidez, Jones se envolveu em uma briga com Ebony Jemison, de 23 anos, em frente à uma loja popular dos Estados Unidos.

    Ainda segundo o AL.com, a discussão entre as duas teria começado por ciúmes do pai do bebê e culminou com os tiros que levaram ao aborto. De início, a atiradora foi processada por homicídio, mas a acusação contra ela foi arquivada depois que um júri do estado falhou em apresentar um inquérito.

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    Foi então que a polícia voltou suas atenções para Jones, alegando que ela teria começado a briga, pondo em risco a vida de seu filho, o que justificaria um processo contra ela. As autoridades afirmaram ainda que Jemison foi “forçada a se defender” da grávida.

    “A única vítima de verdade é o feto. Foi a mãe da criança que começou e insistiu na briga, que resultou na morte de seu próprio bebê”, declarara Danny Reid, policial de Pleasant Grove, cidade em que aconteceu o caso, ainda em dezembro.

    Ele acrescentara que a criança “não teve escolha ao ser envolvida desnecessariamente em uma briga, na qual contava com sua mãe para protegê-la.”

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    Na última quarta, Jones foi presa pelo homicídio de seu feto e levada para a penitenciária de Jefferson County. Ela foi liberada na quinta-feira 27, depois de pagar uma fiança de 50.000 dólares.

    Jemison defendeu a rival, afirmando que o indiciamento é injusto. “Eu não acho que ela deveria ser processada por homicídio porque ela não matou seu bebê com as próprias mãos”, disse a atiradora em entrevista ao Buzzfeed. “Ela poderia ser indiciada por comprometer a segurança da criança, abuso ou algo assim”, sugeriu.

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