Greta Thunberg é presa em protesto contra guerra em Gaza em Copenhague
Ativista ambiental está entre as seis pessoas detidas em manifestação que bloqueou edifício universitário na capital dinamarquesa
A polícia da Dinamarca prendeu a jovem ativista ambiental Greta Thunberg durante um protesto contra a guerra em Gaza na capital do país, Copenhague, afirmou nesta quarta-feira, 4, um porta-voz do grupo estudantil que organizou o ato.
A polícia informou que seis pessoas foram detidas na Universidade de Copenhague, onde 20 manifestantes bloquearam acesso a um dos prédios da instituição. Os agentes de segurança não confirmaram as identidades dos presos, mas um porta-voz do grupo Estudantes Contra a Ocupação, em referência à operação militar israelense na Faixa de Gaza, disse que Thunberg, 21, estava entre eles.
“Não posso confirmar os nomes, mas seis pessoas foram presas em conexão com a manifestação”, disse um porta-voz da polícia de Copenhague. “Eles são suspeitos de entrar no prédio sem autorização e bloquear a entrada do edifício”, acrescentou ele.
“Boicote acadêmico”
O jornal local Ekstra Bladet publicou uma foto de Greta com algemas, usando sobre os ombros o que o veículo de comunicação disse ser um xale keffiyeh preto e branco, vestuário palestino tradicional.
Enquanto isso, a ativista compartilhou no Instagram fotos do batalhão de choque entrando em um prédio onde os Estudantes Contra a Ocupação estavam realizando um protesto.
Os Estudantes Contra a Ocupação disseram em uma declaração publicada no Instagram que “enquanto a situação na Palestina só piora, a Universidade de Copenhague continua a cooperar com instituições acadêmicas em Israel”.
“Estamos ocupando a administração central (da universidade) com uma demanda: boicote acadêmico agora”, afirmou o grupo na postagem na rede social.
Desde o ano passado, manifestantes pró-Palestina montaram acampamentos e realizaram protestos em universidades nos Estados Unidos e na Europa, em posicionamento contra os bombardeios israelenses a Gaza a presença contínua das forças e civis do país em territórios palestinos.