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Groenlândia pode se tornar independente, mas não será parte dos EUA, diz Dinamarca

Mensagem do chanceler foi feita após presidente eleito americano, Donald Trump, se recusar a descartar uso de força para tomar controle da ilha no Ártico

Por Da Redação
8 jan 2025, 11h33

A Groenlândia pode se tornar independente se for do interesse de seus residentes, mas não será parte dos Estados Unidos, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, nesta quarta-feira, 8, após o presidente eleito americano, Donald Trump, se recusar a descartar uso de força para tomar controle da ilha no Ártico. 

“Reconhecemos plenamente que a Groenlândia tem suas próprias ambições. Se elas se materializarem, a Groenlândia se tornará independente, embora dificilmente com a ambição de se tornar um estado federal nos Estados Unidos”, disse Rasmussen, pouco depois de uma reunião entre o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, e o rei da Dinamarca, em Copenhague.

+ Após Trump insinuar invasão, líder da Groenlândia se reúne com rei da Dinamarca

A Groenlândia, onde vivem 57 mil pessoas, faz parte da Dinamarca há 600 anos, mas hoje controla a maioria de seus assuntos domésticos como um território semi-soberano sob o reino dinamarquês. Suas relações com a nação europeia têm se tornado cada vez mais tensas, devido a uma série de alegações de má gestão do território e maus-tratos à população local durante o domínio colonial.

Trump, que será empossado em 20 de janeiro, já havia indicado anteriormente que tem interesse em que o governo americano compre a Groenlândia (em 2019, durante seu primeiro mandato, chegou a cancelar uma visita à Dinamarca depois do governo local afirmar que não venderia parte de seu território soberano). Na terça-feira 7, ele declarou que considera inclusive ações militares, ou econômicas, para tornar a ilha parte dos Estados Unidos (bem como o Canal do Panamá). No mesmo dia, seu filho, Donald Trump Jr., fez uma visita pessoal à região dinamarquesa.

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A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, disse na terça-feira que não acredita que as ambições de Trump levariam à intervenção militar dos Estados Unidos na Groenlândia.

A Dinamarca é responsável pela segurança e defesa do território, mas suas capacidades militares no Ártico são limitadas a quatro embarcações de inspeção, um avião de vigilância Challenger e patrulhas de trenós puxados por cães.

Em resposta à ameaça de Trump para coagir o governo dinamarquês a vender a Groenlândia com um tarifaço, Frederiksen afirmou que uma guerra comercial com os Estados Unidos não é o melhor caminho a seguir para nenhum dos lados. A Dinamarca é o lar da Novo Nordisk, a empresa mais valiosa da Europa, que fabrica o medicamento para perda de peso Ozempic, que se tornou extremamente popular entre os americanos.

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“Não estamos à venda”

Ainda assim, as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos abalou os aliados menos de duas semanas antes de ele assumir o poder.

“Obviamente, a União Europeia não deixaria outras nações do mundo atacarem suas fronteiras soberanas, sejam elas quem forem”, disse o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, à rádio France Inter. “Somos um continente forte.”

O líder da Groenlândia, Egede, reiterou que a ilha não está à venda. Em seu discurso de Ano Novo, ele intensificou sua pressão pela independência do território. A Dinamarca também afirmou que não vai vender a região e que apenas os groenlandeses podem decidir seu destino.

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