Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Grupo de Lima impõe sanções financeiras ao regime de Maduro

Reunidos em Ottawa, chanceleres dos 13 países concordaram com a admissão de Juan Guaidó como representante da Venezuela no fórum regional

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 4 fev 2019, 23h30 - Publicado em 4 fev 2019, 22h20
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Reunidos nesta segunda-feira, 4, em Ottawa, no Canadá, os chanceleres dos treze países do Grupo de Lima concordaram em adotar sanções financeiras contra o regime de Nicolás Maduro, conforme expõe o texto da declaração final do encontro. A reunião foi acompanhada de Washington, por teleconferência, pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Os Estados Unidos impuseram na semana passada sanções à Petróleos de Venezuela (PDVSA), considerada como a estaca definitiva no governo chavista.

    O Grupo de Lima concordou com o bloqueio de transações financeiras e comerciais do regime de Caracas e em evitar seu acesso aos recursos da Venezuela no exterior e a novos contratos envolvendo petróleo, ouro e outros ativos. A iniciativa fez eco à denúncia do presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, de que Maduro estaria tentando transferir cerca de 1,2 bilhão de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social da Venezuela (Bandes) para o Uruguai.

    O texto da declaração disfarça a adoção dessas medidas pelos membros do Grupo de Lima com um apelo à comunidade internacional para que adote as mesmas iniciativas. O Brasil foi representado no encontro de Ottawa pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

    O Grupo de Lima considerou que o México, o Uruguai e a Rússia foram manipulados pelo regime de Nicolás Maduro quando apresentaram propostas de diálogo entre a oposição e o governo venezuelano. Os ministros dos treze países também conclamaram a Força Armada Nacional a manifestar lealdade a Juan Guaidó como presidente interino do país e como seu comandante em chefe.

    “As iniciativas de diálogo oferecidas por diversos atores internacionais foram manipuladas pelo regime de Maduro, que as transformou em manobras postergadoras para perpetuar-se no poder”, mencionou a declaração final da reunião do Grupo de Lima, em seu tópico número 4, mas com o cuidado de não apontar diretamente os países que tomaram essa iniciativa.

    Continua após a publicidade

    Para o Grupo de Lima, do qual o México se retirou em janeiro por não concordar com o reconhecimento de legitimidade de Guaidó, toda iniciativa política e diplomática em favor de uma solução pacífica para a crise da Venezuela deve considerar o mapa do caminho apresentado pelo próprio presidente interino: a saída de Maduro do poder, a convocação de eleições pelo governo de transição e a redemocratização do país.

    O Uruguai, que nunca fez parte do Grupo de Lima, e o México haviam apresentado a proposta conjunta de diálogo entre a oposição e Maduro no último dia 24 de janeiro. Maduro a aprovara no dia seguinte. A Rússia também tomara a mesma iniciativa. Em 2014, de fato, negociações similares haviam sido usadas pelo regime para postergar uma solução definitiva para a crise política.

    A declaração do Grupo de Lima trouxe mais um gesto de reconhecimento de Guaidó como governante legítimo da Venezuela ao aceitar sua solicitação de ingresso nesse fórum. O Grupo também concordou em reconhecer e trabalhar com os “embaixadores” designados pelo presidente interino para seus países.

    Continua após a publicidade

    Criado em 2017 como mecanismo regional de pressão pela redemocratização da Venezuela, o Grupo de Lima foi o primeiro fórum internacional a considerar ilegítimo o mandato de Maduro iniciado em 10 de janeiro e a reconhecer Guaidó.

    Na Declaração de Ottawa, seus integrantes condenaram a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de proibir a saída de Guaidó do país e de bloquear suas contas bancárias e bens, mas reconheceu que o TSJ terá papel legítimo e fundamental na abertura do processo de transição democrática. A menção indica a possibilidade de o Grupo convencer os titulares do TSJ, ainda leais ao chavismo, a desconhecer a legitimidade do regime de Maduro e apoiar o governo de Guaidó.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.