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Grupo rebelde diz ter capturado cidade na República Democrática do Congo

Combatentes do M23, apoiados por Ruanda, entram na cidade de Goma após avanço relâmpago, aumentando o risco de uma guerra regional mais ampla

Por Redação 27 jan 2025, 09h46

Combatentes do grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda, na República Democrática do Congo (RDC), afirmaram nesta segunda-feira, 27, ter capturado Goma, cidade no leste do país. A conquista ocorre após um avanço relâmpago dos rebeldes nas últimas semanas, que forçou milhares de pessoas a fugirem de suas casas e arrisca reacender uma guerra regional mais ampla.

“Pedimos a todos os moradores de Goma que permaneçam calmos. A libertação da cidade foi realizada com sucesso, e a situação está sob controle”, disse o porta-voz do M23, Lawrence Kanyuka, no X, antigo Twitter..

Não se sabe quanto território os rebeldes realmente controlam em Goma, a capital do estado de Kivu do Norte. No entanto, testemunhas na cidade confirmaram que combatentes podiam ser vistos no centro e que por lá houve disparos de armas, bem como perto do aeroporto e próximo à fronteira com Ruanda.

O M23 ordenou que soldados do governo se rendessem até as 3h00 desta segunda-feira (23h de domingo em Brasília) e 100 soldados congoleses entregaram suas armas aos militares da Monusco, a missão de paz das Nações Unidas na RDC. A equipe da Monusco e suas famílias começaram a deixar o país pela fronteira com Ruanda na manhã desta segunda-feira, onde subiram a bordo de 10 ônibus.

A nova ofensiva do M23 ameaça piorar uma das maiores crises humanitárias do mundo. Mais de um terço da população do estado de Kivu do Norte está deslocada, de acordo com as Nações Unidas.

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Barril de pólvora

A fronteira leste da RDC é um barril de pólvora. A região é dominada por feudos liderados por diferentes grupos rebeldes e milícias, decorrentes de duas guerras regionais após o genocídio de Ruanda em 1994, quando extremistas hutus assassinaram cerca de 1 milhão de tutsis e hutus moderados. O M23 é o mais recente de uma longa linha de movimentos rebeldes tutsis no país.

No domingo, a representante especial das Nações Unidas na RDC, Bintou Keita, disse ao Conselho de Segurança que, apesar do apoio das forças de manutenção de paz ao Exército congolês, o M23 e militares ruandeses entraram no bairro de Munigi, nos arredores de Goma, “causando pânico em massa”. Segundo ela, rebeldes estavam avançando e usando moradores “como escudos humanos”.

A ministra das Relações Exteriores da RDC, Thérèse Kayikwamba Wagner, também perante ao Conselho de Segurança da ONU, acusou Ruanda de estar cometendo “uma agressão frontal, uma declaração de guerra que não se esconde mais atrás de manobras diplomáticas”.

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O embaixador de Ruanda nas Nações Unidas, Ernest Rwamucyo, não confirmou nem negou as alegações da RDC. Ele culpou o governo do país pela situação, dizendo que a crise poderia ter sido evitada se as autoridades tivessem “demonstrado um compromisso genuíno com a paz”.

O M23 alega ser um movimento para proteger a população étnica tutsi na RDC. Em 2012, rebeldes tomaram Goma brevemente, retirando-se da cidade depois que países e organizações internacionais cortaram remessas de auxílio e financiamento a Ruanda por conta de seu apoio ao grupo. No entanto, voltaram a ganhar força no final de 2021, com o apoio crescente dos ruandeses.

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