O líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, convocou os venezuelanos para novos protestos contra o governo de Nicolás Maduro nesta quarta-feira, 1º. “Bom dia! Hoje, continuamos. Estes são os pontos de concentração para o dia de hoje em Caracas. Seguimos mais fortes do que nunca”, escreveu em seu perfil no Twitter, junto com uma relação de locais para os atos de Primeiro de Maio.
A terça-feira foi marcada por tensão e confrontos na Venezuela. Guaidó convocou protestos contra Maduro e anunciou que tinha o apoio de militares. Enfrentamentos entre manifestantes da oposição e forças leais ao ditador deixaram ao menos 69 pessoas feridas. Maduro, que segue no poder, chamou o movimento de golpe e garantiu ainda ter o respaldo da cúpula das Forças Armadas da Venezuela.
O Palácio do Planalto confirmou na terça que 25 militares venezuelanos de baixa patente pediram asilo à embaixada brasileira em Caracas e foram recebidos pelo Brasil. O governo não revela, por enquanto, a identidade dos asilados. A decisão de recebê-los foi do próprio Bolsonaro.
O governo brasileiro vê a situação no país vizinho com cautela. O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, disse a VEJA que a adesão militar e popular ao presidente autoproclamado da Venezuela não foi expressiva.