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Em segunda tentativa, Guaidó é empossado presidente da Assembleia Nacional

Líder opositor havia tido sua entrada na casa barrada pela guarda bolivariana no domingo

Por Da Redação
Atualizado em 7 jan 2020, 18h52 - Publicado em 7 jan 2020, 14h33

O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, conseguiu entrar, nesta terça-feira, 7, no palácio da Assembleia Nacional, órgão legislativo que preside há um ano, após impasse com as forças de segurança chavistas, depois que o governo de Nicolás Maduro instalou um parlamentar rival na liderança da Casa.

Imagens da TV local mostraram o líder de oposição discutindo por meia hora com agentes de segurança que bloqueavam a entrada do prédio, mas, como Guaidó publicou em seu perfil oficial no Twitter, as forças chavistas acabaram permitindo que ele e alguns parlamentares aliados passassem.

Dentro da Assembleia, Guaidó foi empossado como presidente da Assembleia Nacional, com base em uma votação ocorrida no domingo 5 na qual contou com o apoio de 100 dos 167 deputados venezuelanos. “Eu juro!”, gritou Guaidó na tribuna presidencial da casa legislativa, ressaltando que buscará uma “solução para a crise”.

Pouco antes da cerimônia, era encerrada uma breve sessão liderada por Luis Parra – deputado que foi empossado por partidários do chavismo como chefe da casa legislativa também no domingo. Parra, que foi eleito deputado em 2015, foi expulso do partido Primeiro Justiça, de oposição a Nicolás Maduro, no final de 2019 devido a denúncias de corrupção.

Dezenas de países, incluindo os Estados Unidos, denunciaram a indicação de Parra como ilegítima e disseram que continuam reconhecendo Guaidó como chefe do Parlamento e também autêntico presidente da Venezuela.

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Sob governos latino-americanos de esquerda, o México, de Andrés Manuel Lopez Obrador, e a Argentina, do recém-empossado Alberto Fernández, também condenaram o bloqueio da Assembleia que resultou na eleição de Parra.

“México faz votos para que a Assembleia Nacional da Venezuela possa eleger democraticamente sua liderança conforme o processo estabelecido na Constituição”, tuitou o Ministério das Relações Exteriores mexicano. “Impedir pela força o funcionamento da Assembleia Nacional é se condenar ao isolamento internacional”, afirmou o chanceler argentino, Felipe Solá.

Guaidó concorria à reeleição na presidência da Assembleia no domingo, quando foi impedido de entrar na casa pela polícia fiel ao chavismo e pela guarda bolivariana. Em resposta, ele organizou uma outra sessão legislativa no mesmo dia na redação do jornal El Nacional e na qual contou com o apoio de 100 deputados.

(Com Reuters e AFP)

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