Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

Guarda costeira líbia intercepta quase mil imigrantes em botes infláveis

Principal porta de entrada de quem sai da Líbia, Itália quer a criação de centros de registro de imigrantes nas fronteiras em países africanos

Por Da Redação
Atualizado em 25 jun 2018, 18h08 - Publicado em 25 jun 2018, 16h34

A guarda costeira da Líbia interceptou, ao longo de 24 horas, várias embarcações precárias que transportavam cerca de 1.000 pessoas à Europa. Entre elas, há 91 menores, que tentam atravessar o Mar Mediterrâneo em botes infláveis, informou nesta segunda-feira Ayoub Qasim, porta-voz das forças navais do país norte-africano.

No domingo pela manhã, as equipes da guarda costeira interceptaram um bote de borracha à deriva com 97 pessoas em frente ao litoral da cidade de Zliten, a 175 quilômetros de Trípoli. Durante duas operações noturnas, foram resgatados mais dois grupos, um deles com 490 pessoas e outro, com 361, em frente ao litoral de Al Khoms, cidade a 120 quilômetros da capital.

Há apenas alguns dias, a marinha da Líbia advertiu para o aumento “alarmante” do uso de botes infláveis de grandes dimensões que podem transportar até 200 pessoas e que representam um sério perigo para a segurança dos passageiros.

As praias que se estendem entre Trípoli e a fronteira líbia com a Tunísia se transformaram, nos últimos dois anos, no principal reduto das máfias que traficam seres humanos, apesar da presença de navios-patrulha europeus no Mediterrâneo.

Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 171.635 imigrantes irregulares conseguiram chegar à Europa pelo Mediterrâneo em 2017, e 3.116 desapareceram no mar.

Continua após a publicidade

Itália quer centros de registros de imigrantes

O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, propôs nesta segunda-feira (25) a criação de centros de registro de imigrantes nas “fronteiras externas da Líbia” e em países como Níger, Mali e Chade. Os centros seriam gerenciados e financiados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Europeia.

Líder do partido de extrema-direita Liga (antiga Liga Norte), Salvini ressaltou ser fundamental “controlar os fluxos que provêm do sul” da Líbia e depois chegam à Europa. Ele insistiu que a crise migratória é um problema do conjunto da União Europeia. Por isso, “não entende por que a Itália e a Líbia têm que arcar economicamente com as consequências desse fenômeno”.

Para Salvini, é fundamental que sejam construídos centros que “tramitem as solicitações de asilo” das pessoas que fogem de seus países e que acelerem as “devoluções aos territórios de origem dos que não conseguirem esse direito”.

Continua após a publicidade

Salvini viajou hoje a Trípoli para se reunir com o ministro do Interior líbio, Abdulsalam Ashour, e o vice-primeiro-ministro do governo sustentado pela ONU em Trípoli, Ahmed Maitig. Ali, o ministro italiano confirmou que esses centros têm de ser construídos fora da capital líbia “para evitar que Trípoli se transforme em um funil como é a Itália”.

De volta a Roma,  Salvini afirmou que os países ao sul da Líbia, como Níger, Chade e Mali, deveriam participar das negociações e abrigar esses centros. Com essas nações, acrescentou Salvini, a Europa pode chegar a um acordo similar ao alcançado com a Turquia, que interrompeu as chegadas à de fluxos de imigrantes pela rota dos Balcãs.

“Neste momento, a prioridade do governo italiano é proteger as fronteiras externas”, algo para o qual irá concentrar seus esforços mais imediatos e, “assim que a União Europeia der sinais de que irá proteger as fronteiras externas, será possível falar de distribuição interna” de refugiados presentes na Itália, detalhou o ministro.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.