O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento nesta quinta-feira, 17, após o Exército israelense anunciar a morte do líder do grupo militante palestino Hamas, Yahya Sinwar, em um ataque na Faixa de Gaza. Durante a fala, ele reforçou que “o mal foi atingido”, mas que “a guerra ainda não acabou”.
“A pessoa que esteve à frente do pior ataque contra judeus desde o Holocausto está morta”, disse o primeiro-ministro. “A morte de Sinwar é um marco e o declínio do mal.”
+ Quem era Yahya Sinwar, líder do Hamas morto por Israel
Sinwar é considerado um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro do ano passado, que deixaram 1.200 israelenses mortos.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que Sinwar “foi morto por soldados das Forças de Defesa de Israel”. Pouco depois, a morte foi confirmada pelo Exército israelense.
Desde as tentativas de assassinato, após os ataques de 7 de outubro, o líder trocava de esconderijos constantemente e usava pessoas de confiança para mandar mensagens, sem aderir a comunicações digitais, de acordo com oficiais do Hamas ouvidos pela Reuters. Ele não era visto em público desde o dia dos ataques em solo israelense.
Sinwar chegou ao comando do Hamas após a morte do seu antecessor, Ismael Haniyeh, numa suposta operação israelense na capital iraniana, Teerã. Haniyeh, que vivia no Catar, estava no país para a posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian.
O homem de 61 anos foi responsável por fortalecer o braço armado do grupo, as Brigadas Al-Qassam. Após 7 de outubro, conseguiu permanecer fora do radar israelense, apesar da violenta campanha de Tel Aviv em Gaza. Até o momento, mais de 40.000 palestinos foram mortos.