Erling Haaland, jogador do Manchester City e da seleção da Noruega, é considerado hoje um dos melhores atacantes do futebol mundial. Mas sua presença ilustre na cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que reúne nesta segunda-feira, 18, e na terça-feira, 19, os líderes das vinte maiores economias do mundo, foi por motivo completamente distinto. Na reunião, o Cometa Haaland é “embaixador do bacalhau” norueguês.
A delegação da Noruega veio ao Rio para o evento na condição de convidada. Não faz parte do grupo, mas nutre com o Brasil uma relação relevante: depois da China e Estados Unidos, somos o terceiro maior parceiro comercial dos noruegueses. E no centro dessa relação está o bacalhau.
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O bacalhau norueguês representa atualmente 65% de participação no mercado brasileiro, com exportação de 19 mil toneladas por ano, o que equivale a 1,3 bilhão de coroas norueguesas. Neste ano, o Festival do Bacalhau da Noruega chegou ao Rio em 14 de novembro, e vai até 1º de dezembro. No coquetel que recebeu o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, na Praia do Flamengo, o cardápio incluiu salada de batatas com bacalhau, salada de grão-de-bico com bacalhau, quiche de bacalhau, creme de bacalhau, folhado de bacalhau, bolinho de bacalhau, fricassê de bacalhau, tartare de bacalhau com rosbife, entre outros.
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“A relação Brasil-Noruega começou lá em 1842, quando um barco chegou à costa brasileira trazendo bacalhau norueguês e voltou levando café”, afirmou Mette Tangen, cônsul geral da Noruega durante discurso em um evento do consulado do Rio de Janeiro no domingo 17. “Agora, a relação também se incrementa pelo amor ao futebol”, completou, apontando para um Haaland de papelão em tamanho real, em meio a risos da plateia.
Tangen, despida das formalidades do discurso, também falou a VEJA que uma das maiores irritações dos noruegueses, quando visitam o Brasil, é escutar que o bacalhau é uma iguaria portuguesa. “Nós somos os originais”, brincou.