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Hamas acusa Israel de violar acordo e adia libertação de reféns prevista para sábado

Mais cedo, escritório de imprensa do governo de Gaza afirmou que Israel se recusou a permitir a entrada de suprimentos especificados no cessar-fogo

Por Redação
Atualizado em 10 fev 2025, 16h12 - Publicado em 10 fev 2025, 13h50

Em publicação no X, antigo Twitter, o porta-voz da ala militar do Hamas, Abu Obeida, disse que a entrega de prisioneiros “que seriam libertados no próximo sábado (…) será adiada até novo aviso, e até que a ocupação se comprometa e compense os direitos das últimas semanas retroativamente”.

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“Afirmamos nosso compromisso aos termos do acordo desde que a ocupação se comprometa com eles”, escreveu.

Mais cedo, nesta segunda-feira, o escritório de imprensa do governo de Gaza, comandado pelo Hamas, disse que Israel se recusou a permitir a entrada de suprimentos especificados no cessar-fogo. Sob o acordo, 600 caminhões de ajuda — 50  deles transportando combustível — devem ser autorizados a entrar em Gaza todos os dias. Esse número foi atingido ou excedido nos três primeiros dias do cessar-fogo.

O cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor em 19 de janeiro, inaugurando a primeira pausa no conflito em mais de 15 meses, sob a previsão de três etapas. Apesar da intensa mediação de países parceiros, a complexidade e a fragilidade do acordo são altas, o que significa que qualquer pequeno incidente pode crescer e ameaçar acabar com o pacto.

As negociações para o início da segunda das três fases do cessar-fogo deveriam começar nesta segunda-feira.

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Cerca de 1.200 israelenses morreram e 251 foram sequestrados quando o Hamas atacou o território israelense em 7 de outubro de 2023. Em resposta, Israel começou uma ofensiva em larga escala em Gaza, que matou mais de 47.000 palestinos e deslocou milhões de pessoas.

Sob a primeira fase do acordo, com previsão de duração de 42 dias, o Hamas concordou em libertar 33 reféns, entre eles crianças, mulheres — incluindo militares — e pessoas com mais de 50 anos. Em troca, Israel libertaria 50 prisioneiros palestinos para cada mulher das Forças Armadas de seu país, e 30 para os demais reféns.

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Na segunda fase, o objetivo é que um cessar-fogo permanente seja alcançado, os reféns vivos que ainda estão em Gaza sejam trocados por palestinos presos por Israel e forças israelenses façam uma retirada completa da área.

Já na fase final, o acordo prevê o retorno dos corpos dos reféns mortos e a reconstrução de Gaza, que deve demorar anos.

No último sábado, o Hamas libertou mais três reféns, na quarta troca entre as duas partes, desde 19 de janeiro. Ainda há 79 pessoas reféns desde 7 de outubro de 2023. Em troca, Israel libertou 183 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e crianças e na maioria pessoas sem acusações formais.

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Bombardeios israelenses constantes, que começaram assim que o Hamas invadiu comunidades no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, arrasaram quase por completo o enclave palestino. Estimativas das Nações Unidas apontam que 69% das estruturas em Gaza foram danificadas ou destruídas, incluindo mais de 245.000 residências.

O Banco Mundial calculou que os prejuízos ultrapassam os 18,5 bilhões de dólares (cerca de 111 bilhões de reais) — quase a produção econômica da Cisjordânia e de Gaza juntas em 2022 — apenas nos primeiros quatro meses da guerra.

De acordo com avaliações das Nações Unidas, serão necessárias dezenas de anos para reconstruir as casas destruídas em Gaza. Só a remoção dos mais de 50 milhões de toneladas de escombros pode levar 14 anos e custar 1,2 bilhão de dólares (cerca de 7,2 bilhões de reais). O processo é agravado ainda pela presença de munições não detonadas e outros materiais nocivos sob os destroços, além de restos mortais das vítimas de bombas.

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