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Hamas confirma morte de líder Yahya Sinwar e diz que fato ‘apenas fortalecerá o grupo’ 

Segundo vice-chefe do grupo militante palestino, reféns israelenses também não serão libertados até que forças israelenses deixem Gaza

Por Da Redação
Atualizado em 18 out 2024, 11h04 - Publicado em 18 out 2024, 09h52
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  • O vice-chefe do Hamas e principal negociador do grupo militante palestino, Khalil Al-Hayya, confirmou nesta sexta-feira, 18, a morte do líder Yahya Sinwar. Segundo Al-Hayya, a morte será transformada em combustível para fortalecer o grupo e reféns israelenses não serão libertados até que “a agressão” em Gaza cesse e as forças israelenses deixem a área.

    “Estamos em luto pelo grande líder, o mártir Yahia Al Sinwar, que morreu como um herói, um mártir, segurando sua arma, lutando e confrontando o exército de ocupação até o fim de sua vida”, disse Al-Hayya.

    + Quem era Yahya Sinwar, líder do Hamas morto por Israel

    Na tarde de quinta-feira, o governo de Israel disse ter matado Sinwar durante um ataque na Faixa de Gaza. Considerado um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro do ano passado, que deixaram 1.200 israelenses mortos, o líder chegou ao comando da organização após a morte do seu antecessor, Ismael Haniyeh, numa suposta operação israelense na capital iraniana, Teerã.

    O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que Sinwar “foi morto por soldados das Forças de Defesa de Israel”. Pouco depois, a morte foi confirmada pelo Exército israelense.

    Operando nas sombras de uma rede de túneis sob Gaza, duas fontes israelenses disseram à agência de notícias Reuters que Sinwar sobreviveu aos ataques aéreos israelenses no ano passado, que teriam matado seu vice, Mohammed Deif, e outros líderes importantes.

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    Desde as tentativas de assassinato, após os ataques de 7 de outubro, o líder trocava de esconderijos constantemente e usava pessoas de confiança para mandar mensagens, sem aderir a comunicações digitais, de acordo com oficiais do Hamas ouvidos pela Reuters. Ele não era visto em público desde o dia dos ataques em solo israelense.

    Sinwar chegou ao comando do Hamas após a morte do seu antecessor, Ismael Haniyeh, numa suposta operação israelense na capital iraniana, Teerã. Haniyeh, que vivia no Catar, estava no país para a posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. O Hamas acusou Israel pelo bombardeio contra uma residência para veteranos de guerra que matou Haniyeh e um segurança e prometeu vingança.

    Ao contrário de Haniyeh, Sinwar nunca deixou a Faixa de Gaza e foi nomeado chefe político do grupo no enclave palestino em 2017, com raras aparições públicas. Nascido em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, ele tornou-se membro do Hamas na década de 1980. Ao todo, passou 23 anos em prisões israelenses, tendo sido libertado em 2011 em acordo de troca de prisioneiros.

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    Meia dúzia de pessoas que conhecem Sinwar disse à Reuters que sua determinação foi moldada por uma infância pobre nos campos de refugiados de Gaza e pelos anos brutais sob custódia israelense, incluindo um período em Ashkelon, a cidade que seus pais chamavam de lar antes de fugirem após a guerra árabe-israelense de 1948.

    O homem de 61 anos foi responsável por fortalecer o braço armado do grupo, as Brigadas Al-Qassam. Após 7 de outubro, conseguiu permanecer fora do radar israelense, apesar da violenta campanha de Tel Aviv em Gaza. Até o momento, mais de 40.000 palestinos foram mortos.

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