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Hamas convida Musk para ver ‘destruição’ em Gaza após visita a Israel

O bilionário acompanhou o premiê Benjamin Netanyahu numa inspeção a kibutz israelense que foi dizimado, em meio a críticas sobre antissemitismo no X

Por Da Redação
29 nov 2023, 09h04

Após realizar uma visita a Israel, em meio a críticas sobre antissemitismo em sua plataforma X, antigo Twitter, Elon Musk recebeu um convite do Hamas na terça-feira 28 para ver a “extensão da destruição” israelense na Faixa de Gaza. Na segunda-feira 27, o bilionário acompanhou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, numa inspeção a um kibutz dizimado pelo grupo terrorista palestino.

“Convidamo-lo a visitar Gaza para ver a extensão dos massacres e da destruição cometidos contra o povo de Gaza, em conformidade com os padrões de objetividade e credibilidade”, disse Osama Hamdan, um alto funcionário do Hamas, numa coletiva de imprensa em Beirute, no Líbano.

A visita de Musk ao kibutz Kfar Aza, a 3 km da fronteira de Gaza, onde mais de 50 pessoas foram mortas por combatentes do Hamas, também atraiu críticas dos israelenses.

Em 15 de novembro, o cofundador da empresa de carros elétricos Tesla e proprietário do X publicou uma postagem na rede acusando os judeus de “ódio contra os brancos”. No dia seguinte, republicou um post que dizia: “Qualquer um pode ter orgulho de sua raça, exceto os brancos.”

Os comentários, considerados antissemitas, não foram mencionados na visita de Musk a Kfar Aza. O bilionário, em vez disso, concordou com o retrato que Netanyahu fez da guerra contra o Hamas.

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“Aqueles que têm intenção de matar devem ser neutralizados”, disse Musk. “É preciso acabar com a propaganda que está treinando pessoas para serem assassinos no futuro. E depois, tornar Gaza próspera. E se isso acontecer, acho que será um bom futuro.”

A visita de Musk a Israel ocorreu durante uma trégua temporária nos combates, para que o Hamas possa libertar reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos em prisões israelenses. No entanto, o governo de Netanyahu prometeu que seu país retomará as operações militares assim que o cessar-fogo terminar.

A guerra começou após um ataque do grupo terrorista palestino a comunidades do sul de Israel, como Kfar Aza, que deixou ao menos 1.200 mortos. Além disso, cerca de 240 pessoas foram sequestradas, segundo autoridades israelenses, 161 das quais permanecem na Faixa de Gaza mais de 50 dias após o início do conflito.

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Depois disso, Israel iniciou uma campanha de retaliação contra o Hamas em Gaza por ar, terra e mar. O número de mortos palestino foi estimado por autoridades de saúde, no governo controlado pelo Hamas, em mais de 14.000.

“Em 50 dias, Israel lançou mais de 40 mil toneladas de explosivos nas casas de moradores indefesos de Gaza”, declarou Hamdam na mesma coletiva de imprensa. “Apelo ao presidente dos Estados Unidos, Biden, para que reveja a relação dos americanos com Israel e pare de fornecer-lhes armas.”

O líder da Casa Branca, Joe Biden, declarou apoio irrestrito a Israel na sua campanha militar. No entanto, mais recentemente, sua administração expressou desconforto com a elevada taxa de mortes entre civis palestinos e apelou a Tel Aviv para mudar as suas táticas de guerra antes de levar o conflito ao sul de Gaza, o que deve acontecer após o cessar-fogo temporário terminar.

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