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Hamas dá resposta ‘positiva’ a cessar-fogo em Gaza, mas pede algumas modificações

Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no início da semana que Israel havia aceitado termos da trégua de 60 dias

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 jul 2025, 17h20

O Hamas entregou a mediadores do Catar e do Egito uma devolutiva nesta sexta-feira, 4, à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um cessar-fogo em Gaza. Uma autoridade do braço político do grupo palestino afirmou à agência de notícias Reuters se trata de uma resposta “positiva”, que deve “facilitar a obtenção de um acordo”, mas ainda não é um pacto final.

Quando anunciou a proposta na terça-feira – que chamou de “final” –, Trump disse, sem dar detalhes, que o plano suspenderia as hostilidades no enclave por sessenta dias, período durante o qual seriam feitos esforços para encerrar o conflito em definitivo, e que esperava uma resposta de ambas partes do conflito “nas próximas horas”.

“Entregamos aos mediadores, Catar e Egito, nossa resposta à proposta de cessar-fogo. A resposta do Hamas é positiva e acredito que deve ajudar e facilitar a obtenção de um acordo”, disse uma autoridade próxima às negociações à Reuters.

O jornal al-Araby, do Catar, indicou que o Hamas concordou com os “pontos principais” do plano, mas pediu modificações no texto antes de dar seu aval. Mais cedo, em comunicado, o grupo disse que daria uma resposta final sobre o plano ainda nesta sexta-feira.

Líderes do Hamas se reuniram em Istambul, na Turquia, na quinta-feira 3 para discutir a proposta. Segundo Trump, Israel já deu seu OK para o acordo, mas fontes próximas ao grupo palestino haviam afirmado à Reuters que seus membros buscavam garantias mais fortes de que qualquer pausa nas hostilidades levaria ao fim permanente da guerra de 20 meses.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, porém, ainda não comentou o anúncio de Trump e, em declarações públicas, os dois lados permanecem distantes. Bibi tem afirmado repetidamente que o Hamas precisa ser desarmado, uma posição que o grupo, que ainda mantém cerca de vinte reféns vivos, se recusou a discutir até o momento.

Netanyahu deve se encontrar com Trump em Washington na segunda-feira. O americano disse que seria “muito firme” com o colega israelense sobre a necessidade de um cessar-fogo rápido em Gaza.

Hamas enfraquecido

O grupo islâmico está sob imensa pressão há alguns meses e, nos últimos dias, Israel intensificou sua ofensiva, lançando uma intensa onda de ataques aéreos ao enclave, que matou mais de 250 palestinos, incluindo mulheres e crianças, de acordo com autoridades médicas e de defesa civil.

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Com a liderança militar dizimada, combatentes foram forçados pelo Exército isralense a deixar antigos redutos nas regiões sul e central de Gaza e passaram a atuar de forma descentralizada, com ordens para apenas resistir o máximo possível. Além das divisões internas, o Hamas encara incertezas quanto ao futuro do apoio de Teerã. Saeed Izadi, comandante da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) responsável pela coordenação com os palestinos, foi assassinado num ataque durante a guerra aérea de doze dias entre Israel e Irã, o que deve abalar o fornecimento de recursos e treinamento militar para o grupo em Gaza.

Facções linha-dura dentro do Hamas aceitaram relutantemente a necessidade de um cessar-fogo para permitir que a organização se reagrupe e planeje uma nova estratégia, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

Desde março, quando a trégua que estava em vigor caiu, mais de 6 mil pessoas foram mortas em Gaza e uma grave crise humanitária se agravou.

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Termos da trégua

A proposta, segundo documentos das negociações vistos pela emissora americana CNN, inclui a libertação de dez reféns israelenses vivos, mantidos em Gaza desde o ataque do Hamas ao sul de Israel em outubro de 2023, que desencadeou o conflito, e a devolução dos corpos de mais dezoito. Em troca, prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses serão soltos.

O Hamas capturou 251 reféns durante o ataque de 2023. Acredita-se que menos da metade dos 50 que permanecem em Gaza estejam vivos.

Além disso, haveria a entrada imediata de ajuda humanitária em Gaza, e o exército israelense realizaria uma retirada gradual de partes do território, de acordo com a proposta. As negociações para um cessar-fogo permanente começariam instantaneamente.

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