Três palestinos condenados pelo assassinato de um comandante militar do Hamas em março foram executados pelo grupo terrorista nesta quinta-feira, na Faixa de Gaza. Cerca de 2.000 pessoas, incluindo uma centena de jornalistas, foram autorizadas a ver as execuções em uma delegacia de polícia, enquanto centenas de curiosos, incluindo crianças, se aglomeravam nas ruas ao redor.
Mazen Faqha, comandante do braço armado do Hamas, morreu em 24 de março a tiros, num ousado ataque à queima-roupa. Os líderes do Hamas imediatamente acusaram Israel pelo assassinato e lançaram uma investigação febril para encontrar os autores dos disparos.
Ashraf Abu Leila, de 38 anos, foi condenado por assassinato e enforcado. O mesmo aconteceu com Hisham Al-Alul, de 42 anos, acusado de colaborar com o inimigo sionista. O terceiro homem, Abdullah Al-Nashar, de 38 anos, foi fuzilado porque era um oficial da guarda presidencial de Mahmud Abbas, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa partes da Cisjordânia.
A condenação à pena de morte foi emitida no domingo por um “conselho de guerra” formado por terroristas do Hamas. Na semana passada, o tribunal militar divulgou um vídeo com as confissões dos três palestinos. Nas gravações, os homens reconheciam um atrás do outro terem colaborado por anos com o Shin Bet, o serviço secreto israelense.
Organizações de direitos humanos denunciaram as execuções e afirmaram que as confissões foram extraídas dos palestinos à força. A Human Rights Watch (HRW) classificou a pena capital como “intrinsecamente cruel e sempre incorreta”.