Holanda acusa Rússia de derrubar avião da Malaysia Airlines em 2014
Mais de 290 pessoas de 17 países morreram na queda do voo MH17, no leste da Ucrânia; míssel do Exército russo derrubou o avião
Uma equipe de investigadores holandeses acusou o Exército da Federação Russa de ter derrubado o avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia em 2014. Segundo a equipe, um míssil disparado por uma brigada do exército russo derrubou o voo MH17, vitimando 298 pessoas.
O promotor holandês Fred Westerbeke afirmou que os investigadores “fizeram um grande progresso com a identificação de aproximadamente 100 pessoas envolvidas no fato” e acrescentou que as investigações “estão longe de terminar”.
Menos de um mês antes do ataque, a Brigada 53, baseada em Kursk, no oeste Rússia, levou o míssil modelo ar-terra Buk em um comboio de seis veículos – todos com número de identificação do Exército russo – para uma fazenda próxima a Pervomaisk, de onde foi disparado. Segundo Westerbeke, na época, o local estava sob controle de separatistas pró-Rússia.
Em entrevista coletiva na Haia, a equipe de investigadores mostrou vídeos e fotografias do momento no qual o comboio de veículos militares russos levava as seis partes do míssil e afirmou que estas imagens formam “uma impressão digital”.
A Promotoria assegurou que ainda “não se pode confirmar por que o míssil foi lançado” contra o avião. O órgão tampouco quis dar os nomes das pessoas identificadas, mas afirmou que elas “serão levadas à Justiça holandesa”, que julgará o caso quando esta equipe de investigadores concluir seus trabalhos.
Na época, 298 pessoas de 17 países morreram na queda do voo MH17 próximo à fronteira com a Rússia. A tragédia ocorreu durante as tensões entre o governo ucraniano e separatistas defensores da anexação de territórios do país à Rússia. O governo ucraniano chegou a acusar os separatistas de terem derrubado a aeronave, o Boeing 777, e o presidente Petro Poroshenko classificou de “ato terrorista”. O avião ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia.
(Com EFE)