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Hong Kong: Resultado de eleições confirma força de protestos

Partidos pró-democracia saem vitoriosos após votação com participação recorde

Por Redação
24 nov 2019, 22h30
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  • Os partidos pró-democracia conquistaram uma vitória esmagadora nas eleições em Hong Kong, obtendo uma grande maioria dos assentos para vereadores distritais. O resultado serve como termômetro de apoio político ao movimento por trás dos protestos iniciados em junho e que, desde então, tomaram a região.

    A contagem praticamente encerrada se deu às 7h30 da segunda-feira, 25, em Hong Kong (20h30 de domingo no horário de Brasília). O bloco pró-democracia, que defende a autonomia do território em relação à China, ficou com 351 dos 452 assentos em disputa. Os números representam uma ascensão meteórica, que quase triplica as cadeiras das eleições municipais de 2015.

    Os candidatos pró-estabelecimento, alinhados com a China, garantiram apenas 45 conselheiros distritais, um cargo de pouca relevância política.

    As eleições transcorreram ao longo do domingo num clima de calma, o que resultou num afluxo maciço de eleitores às urnas. A taxa de participação foi recorde, de 71,2%, a mais elevada da história de Hong Kong.

    Em uma região com 7,5 milhões de habitantes, quase 3 milhões dos 4,1 milhões eleitores registrados votaram, 1 milhão a mais que em 2015. A maioria deles tem entre 18 e 20 anos. A participação foi bem acima da marca de 58% das eleições legislativas de 2016, um sinal de que a sociedade local está se tornando cada vez mais politizada.

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    O resultado coloca a Chefe do Executivo, Carrie Lam, numa situação difícil: os partidos pró-democracia defendem práticas como o sufrágio universal, o voto direto do Chefe de Governo (hoje eleito por uma comissão de 1.200 pessoas, chancelada por Pequim) e uma maior autonomia para Hong Kong, uma antiga colônia britânica, em relação à China.

    Em junho, protestos pacíficos foram deflagrados para exigir a suspensão de uma lei de extradição com a China, a qual já foi anulada. As manifestações, porém, continuaram e duram quase seis meses, com mais exigências e, nas últimas semanas, tornaram-se mais violentos.

    (Com agência EFE)

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