Os manifestantes pró-democracia saíram às ruas nesta terça-feira em Hong Kong em resposta a uma convocação para um “Dia de Dor” e para perturbar a celebração dos 70 anos de criação do regime comunista chinês.
Após os violentos confrontos de domingo, as autoridades estavam em alerta desde o início do dia para evitar que os manifestantes prejudicassem as comemorações, com revistas de pedestres e várias estações de metrô fechadas.
Os ativistas pró democracia, mobilizados desde junho, querem aproveitar o aniversário para expressar novamente seu ressentimento em relação ao governo de Pequim.
Os manifestantes denunciam a perda de liberdades no território chinês e a violação, de acordo com eles, do princípio “um país, dois sistemas”, estabelecido no momento da devolução para a China da ex-colônia britânica em 1997. Sem líderes identificados, os protestos são convocados pelas redes sociais.
Apesar da proibição de manifestações e das advertências para que a população evite “reuniões ilegais”, os manifestantes se reuniram nesta terça-feira à tarde em Causeway Bay. O bairro comercial se tornou o cenário de confrontos entre a polícia e alguns ativistas radicais. Diante de vários centros comerciais e lojas fechadas, os manifestantes gritavam: “Apoio a Hong Kong, vamos lutar pela liberdade”.
Protestos menores foram registrados no bairro de Wanchai e diante do consulado britânico, assim como nas zonas de Sha Tin e Tsuen Wan.
Desde junho Hong Kong vive sua pior crise política desde a devolução de 1997, com ações quase diárias e confrontos violentos entre radicais e policiais.