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Horas antes do ataque à Ucrânia, Trump disse que Putin estava “fazendo o que qualquer um faria”

Presidente americano declarou ainda que o país estava levando uma “tremenda surra” e que estava “achando mais fácil” lidar com Moscou

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 mar 2025, 19h42 - Publicado em 8 mar 2025, 19h38

Neste sábado 8, a Rússia bombardeou a Ucrânia, matando 14 pessoas de deixando 37 feridas, incluindo cinco crianças, com mísseis e drones na cidade de Dobropillia, no leste da Ucrânia, e em um assentamento na região de Kharkiv. O que muita gente não sabe, porém, é que esses ataques vieram horas depois de Donald Trump ter dito que Vladimir Putin estava “fazendo o que qualquer um faria”. Ou seja, depois de uma acalorada discussão com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky e mandar um recado para Vladimir Putin, ordenando que “pare com essa guerra ridícula”, o presidente dos Estados Unidos acabou defendendo as ações desmedidas da Rússia e do presidente do Kremlin.

Nas redes sociais, Zelenskyy condenou a “tática de intimidação vil e desumana frequentemente usada pelos russos”. O bombardeio implacável da Rússia em cidades ucranianas se intensificou após uma semana difícil em que Trump encerrou o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia e interrompeu o fornecimento de armas aos EUA.

Esses movimentos hostis significam que o sistema de alarme que avisa os civis ucranianos sobre mísseis inimigos se aproximando é menos eficaz. Questionado se Putin estava tirando vantagem das pausas de ajuda dos EUA, Trump afirmou na sexta-feira 7, que a Ucrânia estava levando uma “tremenda surra”. E disse ainda que estava “achando mais fácil” lidar com Moscou do que com Kiev.

No ataque, Dois mísseis balísticos atingiram o centro de Dobropillia, na região oriental de Donetsk. O fogo tomou conta de um prédio de apartamentos de cinco andares. Quando os serviços de emergência chegaram, a Rússia lançou outro ataque na mesma área. Onze civis foram mortos, com cinco crianças entre os 30 feridos. Três pessoas também morreram e sete ficaram feridas em um ataque de drone na cidade de Bohodukhiv, em Kharkiv.

Cúmplice?

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Vários líderes europeus sugeriram que o presidente dos EUA foi cúmplice da última devastação na Ucrânia. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse que houve “outra noite trágica na Ucrânia”, com “mais bombas, mais agressões e mais vítimas”. Sem mencionar Trump diretamente, ele disse: “É isso que acontece quando alguém apazigua bárbaros.”

A chefe de política externa da União Europeia (EU), Kaja Kallas, disse que os mísseis russos “implacáveis” demonstraram que Putin não tinha interesse na paz. “Devemos aumentar nosso apoio militar. Caso contrário, ainda mais civis ucranianos pagarão o preço mais alto”, disse ela.

Zelenskyy, no entanto, tem buscado reparar as relações com Trump após a amarga reunião na Casa Branca no mês passado. O presidente da Ucrânia esboçou um plano de paz – começando com uma trégua em terra e mar – e disse que está pronto para assinar um acordo favorável de minerais com os EUA.

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Até agora, no entanto, o presidente americano tem pressionado a Ucrânia sem fazer exigências à Rússia. Zelenskyy disse que o ataque de sábado mostrou que os objetivos de Moscou não mudaram. Ele pediu um aumento nas sanções contra a Rússia para “colapsar” sua economia de guerra.

Enquanto isso, a Rússia explorou a inteligência dos EUA e o congelamento de armas para lançar uma série de ataques ousados. Tropas norte-coreanas e russas romperam as defesas da Ucrânia na região de Kursk, na Rússia, onde unidades ucranianas ocuparam uma parcela do território por sete meses. Mas o domínio sobre esse território está cada vez mais precário. Soldados disseram ao “Observer” que duas estradas de suprimento com a cidade ucraniana de Sumy estavam abertas, mas sob constante ataque de drones e artilharia russos.

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