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Impacto de sanções dos EUA na população da Venezuela preocupa ONU

Michelle Bachelet afirma que bloqueios afetam direitos econômicos, à alimentação, saúde e acesso à assistência humanitária

Por Da Redação
Atualizado em 8 ago 2019, 16h03 - Publicado em 8 ago 2019, 15h29
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  • A chefe do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, disse nesta quinta-feira, 8, estar profundamente preocupada com o impacto que as novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Venezuela podem ter na vida da população.

    “Receio que tenham grandes implicações para os direitos à saúde e à alimentação, particularmente em um país onde já existe uma situação séria de escassez de bens essenciais”, afirmou Bachelet em comunicado.

    Na segunda-feira 5, o governo de Donald Trump anunciou o congelamento de todos os bens estatais do governo venezuelano em território americano e proibiu transações com o regime de Nicolás Maduro. No começo do ano, Washington já haviam congelado 7 bilhões de dólares da petroleira venezuelana PDVSA nos Estados Unidos.

    Segundo a ex-presidente do Chile, ainda que as sanções não estejam ligadas diretamente a bens como alimentos, roupas e remédios, podem prejudicar a população ao piorar os efeitos da crise econômica e afastar empresas e instituições financeiras internacionais.

    As restrições impostas pelos Estados Unidos nos últimos meses ainda dificultam a exportação pela Venezuela do petróleo, que é praticamente a única fonte de renda atual do país.

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    Bachelet acrescentou ainda que em casos anteriores sanções muito restritivas afetaram negativamente os direitos fundamentais da população, incluindo seus direitos econômicos, bem como seus direitos à alimentação, saúde e acesso à assistência humanitária.

    “Peço que os atores que possam ter influência – tanto na Venezuela quanto na comunidade internacional – trabalhem juntos e construtivamente na solução política dessa prolongada crise no país, colocando em primeiro plano os direitos humanos das pessoas que sofrem na Venezuela”, concluiu Michelle Bachelet.

    Nesta quinta, Nicolás Maduro anunciou o cancelamento das negociações com a oposição em resposta às sanções americanas. O regime chavista tenta chegar a um acordo com os oposicionistas liderados pelo autoproclamado presidente interino e líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó.

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    Em busca de acolhimento

    Todos os dias, cerca de 250 venezuelanos cruzam a fronteira de seu país com o Brasil para fugirem do regime de Nicolás Maduro e da miséria que atinge mais de 90% da população. VEJA acompanhou a saga dessas pessoas que buscam reconstruir sua vida em nosso país. 

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