Imprensa internacional repercute renúncia de presidente do Peru
O presidente está envolvido em um escândalo de um vídeo que mostra seus tentando comprar votos para barrar seu julgamento de impeachment
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, apresentou ao Congresso nesta quarta-feira uma carta de renúncia ao seu mandato após alegações de compra de votos às vésperas de uma votação pelo seu impeachment. Jornais internacionais repercutiram a notícia, citando fontes do governo e afirmando que Kuczynski apresentará sua decisão à nação ainda hoje pela televisão.
O jornal americano The Washington Post chamou de “chocante” a revelação de “vídeos secretos em que vários dos aliados do presidente foram pegos alegadamente tentando comprar o apoio de um parlamentar para barrar o impeachment do líder conservador”.
Segundo a agência Bloomberg, a renúncia faz dele “o primeiro presidente a cair como resultado direto da Operação Lava Jato no continente sul-americano”. A empresa de consultoria Westfield Capital, que pertence a Kuczynski, estava sendo investigada por suspeita de ter recebido propina da Odebrecht. O portal afirma, ainda, que o líder peruano já havia enfrentado uma tentativa de impeachment em dezembro, iniciativa esta que não obteve votos suficientes.
O espanhol El País anunciou a notícia em sua conta no Twitter com a legenda: “O presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski renuncia frente à certeza de que seria destituído”.
O jornal americano The New York Times, por sua vez, publicou que o presidente peruano “ofereceu sua renúncia depois da divulgação de vídeos que parecem mostrar votos sendo trocados por dinheiro e favores políticos”.
Já as britânicas BBC e Reuters também chamaram atenção para a renúncia de Kuczynski, creditando a fontes governamentais a afirmação de que ele já teria apresentado sua decisão ao Congresso.
“O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, deve renunciar em meio a um escândalo de compra de votos, disseram fontes do governo”, escreve a BBC.