Incêndios florestais no Brasil e na Rússia geram preocupação na ONU
Preocupada com as queimadas na Sibéria e no Brasil, a presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas expressou preocupação nas redes sociais
A presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas, María Fernanda Espinosa, expressou nesta quinta-feira, 22, sua preocupação com as queimadas que ocorrerem tanto no hemisfério norte como no sul. Na mensagem publicada no Twitter, Espinoza enfatizou que a conservação das florestas é crucial para combater a mudança climática e aumentar a biodiversidade.
“Estou muito preocupada com os incêndios florestais ao redor do mundo. As florestas são cruciais para combater a mudança climática, para aumentar a biodiversidade e conservação e para garantir e a segurança alimentar. Vamos cuidar delas em nossas comunidades e além”, afirmou.
A mensagem surge meio às queimadas que ocorreram na Amazônia brasileira e na Sibéria, onde mais de 33 mil quilômetros quadrados de floresta pegaram fogo neste mês. As imagens dos incêndios têm surpreendido e mobilizado autoridades internacionais, celebridades e, em especial, ambientalistas.
No Brasil, houve aumento de 82% nas queimadas entre janeiro e meados de agosto, em comparação com igual período de 2018, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram constatados 72.843 focos de incêndio. A área desmatada da Amazônia brasileira em junho, segundo o Inpe, totalizou de 2.254,8 km², o equivalente a mais de um terço de todo o volume desmatado nos últimos 12 meses.
Uma nuvem de fumaça proveniente das queimadas na região Amazônica atravessou o Brasil, ao longo de duas semanas, e chegou a São Paulo na segunda-feira 20, provocando o escurecimento do céu às 3 horas da tarde.
O governo brasileiro vem acumulando polêmicas quando o assunto é meio ambiente e mudança climática. O presidente Jair Bolsonaro disse, sem apresentar qualquer prova, que as organizações não-governamentais são as culpadas pelos incêndios como forma de atacar o governo. Bolsonaro desacredita o processo de mudança climática e mantém uma retórica em favor de atividades econômicas agressivas na Amazônia.