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Incêndios mostram que Espanha precisa se ‘reajustar’ às mudanças climáticas, diz Sánchez

Premiê defendeu esforços apartidários para criação de políticas de combate aos impactos do aquecimento global

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 ago 2025, 16h30

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, disse nesta terça-feira, 19, que os incêndios florestais que destruíram mais de 382 mil hectares mostram a necessidade de “reajustar e recalibrar” as capacidades espanholas de lidar com as mudanças climáticas. Em visita à região de Extremadura, o premiê defendeu esforços apartidários para a criação de políticas de combate aos impactos do aquecimento global, de forma a permitir que as medidas se prolonguem para além dos quatro anos de mandato.

“Precisamos nos preparar e estar mais bem equipados com mecanismos e ferramentas para que possamos mitigar os efeitos dessas emergências climáticas quando elas ocorrerem. A emergência climática está se agravando e se tornando mais recorrente a cada ano, e seus efeitos estão se acelerando a cada ano”, disse ele. “Apesar de todas as previsões científicas sobre como a emergência climática aparentemente evoluiria, vemos que ela está piorando e atingindo com muito mais força a cada ano, especialmente na Península Ibérica.”

“Precisamos reajustar e recalibrar nossas capacidades de resposta e prevenção”, continuou Sánchez, acrescentando: “Se a emergência climática está piorando a cada ano, precisamos ir além das legislaturas e transformar as políticas de emergência climática em políticas estaduais que vinculem todas as nossas instituições e todos os que governam.”

A declaração do premiê acontece em meio a alertas do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (CAMS, na sigla em inglês), da União Europeia (UE). Um relatório do programa apontou que, embora a situação estivesse controlada no início deste mês, o alastramento dos incêndios florestais sem precedentes elevou as emissões gerais de incêndios florestais da Espanha para 2025, tornando-se o maior total anual em mais de duas décadas no conjunto de dados do CAMS.

Entre as regiões mais afetadas, estão Castela e Leão, Galícia, Astúrias e Extremadura. Milhares de moradores tiveram de ser retirados de suas casas, enquanto serviços de transporte foram suspensos e estradas foram fechadas. A qualidade do ar em uma grande região da Espanha se deteriorou, com concentrações de partículas finas bem acima das diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS). Com os ventos fortes, que também dificultaram o controle do fogo, a fumaça viajou por centenas de quilômetros, afetando a qualidade do ar em outras áreas.

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Europa e América do Norte

Além da Espanha, o CAMS advertiu que incêndios florestais em Portugal também provocaram o aumento nas PM2,5 superficiais, com concentrações acima dos parâmetros normais. A fumaça das queimadas na Península Ibérica se alastrou para França, Reino Unido e Escandinávia, também atingidas pela névoa vinda dos florestas em chamas no Canadá. Na França, o calor extremo elevou o risco da vegetação seca entrar em combustão — no início de agosto, o país registrou o o pior incêndio no Mediterrâneo francês em meio século, em razão das chamas no departamento de Aude, entre Carcassonne e Perpignan.

“As emissões dos incêndios florestais da Espanha e Portugal durante o mês de agosto foram excepcionais”, disse Mark Parrington, cientista sênior do Copernicus. “As grandes quantidades de fumaça, especialmente PM2,5, liberadas na atmosfera resultaram em uma grave degradação da qualidade do ar localmente e em outras partes da Península Ibérica e partes da França. Por meio do nosso monitoramento contínuo, o CAMS fornece informações essenciais para compreender esses desenvolvimentos e apoiar as respostas aos seus impactos.”

No outro lado do Atlântico, Canadá e Estados Unidos também tiveram de lidar com incêndios florestais. No território canadense, as províncias de Saskatchewan e Manitoba foram as mais afetadas. Nos EUA, os incêndios em Nevada, Arizona, Utah e Colorado seguem a pleno vapor desde julho, sendo responsáveis por grandes nuvens de fumaça.

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