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Incêndios no Havaí já deixaram 106 mortos, apenas 5 deles identificados

Número de mortos fez do incêndio o pior desastre natural do estado americano, superando tsunami que matou 61 pessoas em 1960

Por Da Redação
Atualizado em 16 ago 2023, 14h42 - Publicado em 16 ago 2023, 11h57
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  • O governador do Havaí, Josh Green, afirmou na terça-feira, 15, que o número de mortos por incêndios florestais subiu para 106 pessoas, relatando que a identificação de corpos será difícil e deve demorar semanas porque muitos estão irreconhecíveis e sem impressões digitais. O político comparou a devastação a “uma zona de guerra ou o que vimos no 11 de Setembro”.

    Segundo Green, parentes de possíveis vítimas foram solicitados a dar amostras de DNA para ajudar na identificação. Cerca de 185 membros de equipes de resgates e 20 cães farejadores continuam vasculhando por imóveis devastados para recuperar restos mortais, no entanto, os cães cobriram apenas cerca de 5% da área de busca, de acordo com o chefe de polícia do condado de Maui, John Pelletier.

    As chamas destruíram grande parte da histórica cidade turística de Lahaina, na ilha havaiana de Maui, desde a última terça-feira, 8.

    O número de mortos fez do incêndio o pior desastre natural do Havaí, superando um tsunami que matou 61 pessoas em 1960, um ano depois que o Havaí se tornou um estado dos Estados Unidos. É também o maior número de mortes por incêndio florestal no país desde 1918, quando 453 pessoas morreram em meio a chamas causadas por faíscas nas ferrovias e condições secas em Minnesota, segundo a Associação Nacional de Proteção contra Incêndios.

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    Agora, habitantes do Havaí vasculham freneticamente um banco de dados online que lista milhares de nomes de indivíduos que foram encontrados, bem como daqueles que permaneceram desaparecidos.

    Familiares e amigos se mobilizam nas redes sociais, pedindo ajuda para localizar entes queridos desaparecidos.

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    “Ainda procurando pelos meus sogros”, escreveu Heather Baylosis em um post no Instagram no sábado. “Pessoas estão sendo encontradas vivas e gravemente desorientadas devido ao que passaram. Temos esperança!”

    Megan Sweeting escreveu em sua página no Facebook: “DESAPARECIDO: Meu pai, Michael Misaka, está desaparecido desde o início dos incêndios de Lahaina. Se houver alguma informação sobre meu pai, por favor me avise. Só preciso saber que ele está seguro”.

    Estima-se que centenas de pessoas continuem desaparecidas, embora não haja contagem precisa.

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    Green prometeu investigar se houve falha na resposta das autoridades ao incêndio e nos sistemas de notificação de emergência após críticas da população. Algumas pessoas disseram que quase não houve alertas, sendo obrigadas a mergulhar no Oceano Pacífico para escapar do fogo.

    As sirenes de alerta sobre desastres naturais iminentes na ilha não funcionaram, enquanto falhas generalizadas de energia e linhas telefônicas dificultaram outras formas de avisos.

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    O custo para reconstruir Lahaina foi estimado em US$ 5,5 bilhões, de acordo com a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA), com mais de 2.200 estruturas danificadas ou destruídas e mais de 850 hectares queimados.

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