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Índia proíbe TikTok e mais 59 aplicativos chineses

A relação entre os dois países se deteriorou na última semana; governo indiano diz se preocupar com privacidade dos usuário e segurança nacional

Por Da Redação
Atualizado em 29 jun 2020, 16h43 - Publicado em 29 jun 2020, 16h39

Com a tensão crescente entre Índia e China após conflitos no Himalaia, que levaram à morte de dezenas de pessoas, o governo indiano proibiu nesta segunda-feira, 29, 59 aplicativos chineses, incluindo o TikTok e o WeChat. Segundo Nova Delhi, há preocupações sobre segurança nacional e privacidade dos usuários.

“Em vista das informações disponíveis, estão envolvidas em atividades que são prejudiciais para a soberania e a integridade da Índia, a defesa da Índia, a segurança do estado e a ordem pública”, afirmou o Ministério da Tecnologia da Informação, Ravi Shankar, em um comunicado.

O governo justifica a medida pela vulnerabilidade da privacidade dos usuários, cujos dados seriam transmitidos “sem autorização, para servidores localizados fora da Índia”. A decisão de bloquear os aplicativos veio após consulta a diversas fontes e de uma recomendação emitida pelo Centro de Coordenação de Crimes Cibernéticos do Ministério do Interior, diz o comunicado.

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Entre os aplicativos banidos está o popular TikTok, produzido pela empresa chinesa ByteDance, que possui uma base de quase 470 milhões de usuários ao redor do planeta. Destes, 173 milhões estão localizados na Índia.

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O aplicativo permite que sejam criados vídeos curtos, entre 15 e 60 segundos, e incluídos efeitos especiais com o próprio celular. No primeiro trimestre de 2020, foi a ferramenta mais baixada no mundo, com 308 milhões de novos usuários, segundo dados da empresa americana de inteligência móvel, Sensor Tower.

Na lista, ainda estão outros aplicativos similares, como VigoVideo, além de programas dedicados a troca de mensagens, como o WeChat, o QQ Player e o QQ Music. O governo também proibiu o aplicativo de vídeos Likee, propriedade de uma companhia sediada em Singapura, que foi baixada 100 milhões de vezes entre janeiro e março deste ano.

A decisão do governo da Índia foi divulgada em meio a um momento de tensão entre os dois países, após o confronto ocorrido entre militares de ambos os lados no último dia 15, no Himalaia ocidental, na região fronteiriça do Vale do Galwan, na região de Ladakh. Ao menos, 20 soldados indianos morreram, e ainda foram registrados mais de 70 feridos.

(Com EFE)

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