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Indústria de armas fatura mais de US$ 1 bilhão com violência nos EUA

Relatório revela que empresas lucraram na última década vendendo armamento militar para civis, especialmente homens jovens

Por Da Redação
Atualizado em 27 jul 2022, 15h57 - Publicado em 27 jul 2022, 13h56
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  • JERSEY CITY - MARCH 25: Lisa Caso sells guns at Caso's Gun-A-Rama store on March 25, 2021 in Jersey City, New Jersey. Caso's Gun-A-Rama has had a significant increase in business with lines often out the door as more people buy guns for security and for fear that there will be increased bans on them.In the wake of recent mass shootings, the Biden administration is pushing for the Senate to pass gun legislation already passed by the House. Area gun businesses have seen a rise in sales recently that has even led to a shortage of bullets. (Photo by Spencer Platt/Getty Images)
    Câmara dos EUA afirma que principais fabricantes de fuzis arrecadaram mais de US$ 1 bilhão em receita na última década, à medida em que crescem os casos de tiroteio em massa em todo o país. 27/07/2022. (Spencer Platt/Getty Images)

    Uma investigação realizada pela Câmara dos Estados Unidos revelou nesta quarta-feira, 27, que fabricantes de armas de assalto, definidas como armas semiautomáticas projetada para uso militar, arrecadaram mais de US $ 1 bilhão em receita na última década. As descobertas indicam que a indústria prosperou em meio ao aumento da violência no país, que enfrenta uma escalada de casos de tiroteios em massa.

    O relatório, apresentado numa audiência do Capitólio, apontou que armamentos de nível militar, semelhantes aos usados nos recentes massacres, foram vendidos sobretudo a civis jovens do gênero masculino.

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    O Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara iniciou em maio uma levantamento sobre a fabricação de armamentos no país após os tiroteios em massa ocorridos em uma escola primária do Texas, que matou 19 crianças e dois professores, e um supermercado em Buffalo, que deixou 10 mortos.

    + EUA vão apurar atuação da polícia em massacre à escola primária

    As descobertas indicaram que estratégias de marketing das empresas armamentistas tinham como alvo as inseguranças de homens jovens, incluindo algumas referências veladas a grupos de supremacistas brancos. Segundo o relatório, as fabricantes teriam incitado seus clientes a adquirir armas como forma de “provar sua masculinidade”.

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    “As práticas comerciais desses fabricantes de armas são profundamente perturbadoras, exploradoras e imprudentes”, disse em comunicado a deputada Carolyn Maloney, democrata de Nova York e presidente do comitê.

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    A parlamentar acusou empresas como a Daniel Defense, Sig Sauer, Smith & Wesson e Sturm, Ruger & Company de terem lucrado com atiradores em massa sem tomar medidas básicas de monitoramento das mortes causadas por seus produtos.

    A Ruger, maior fabricante de rifles do país, informou que seus ganhos brutos com fuzis estilo AR-15 quase triplicaram de 2019 a 2021, aumentando para mais de US$ 103 milhões (R$ 546 milhões). Os produtos da empresa foram usados ​​por atiradores em Sutherland Springs, no Texas, em 2017 e Boulder, no Colorado, em 2021.

    Segundo o relatório, os lucros da Daniel Defense também cresceram de US$ 40 milhões (R$ 212 milhões) para US$ 120 milhões (R$ 636 milhões) entre 2019 a 2021.

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    A Smith & Wesson, que vendeu a arma usada no massacre deste 4 de julho em Highland Park, Illinois, também dobrou a a arrecadação nos últimos dois anos.

    + Mais um massacre nos Estados Unidos. Até quando?

    O comitê do Congresso ouvirá ainda nesta quarta-feira os depoimentos de Christopher Killoy, presidente e executivo-chefe da Sturm, Ruger & Company, e Marty Daniel, executivo-chefe da Daniel Defense.

    A Câmara fará uma votação na sexta-feira, 29, pela proibição de armas de assalto pela primeira vez desde 1994. A medida tem chances de passar na casa legislativa mais baixa, mas ainda precisará da aprovação no Senado para virar lei. Com 50 senadores democratas, será necessário o apoio de pelo menos 10 republicanos – que, ao que tudo indica, não existe.

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