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Inflação pode trazer Trump de volta, diz ex-secretário do Tesouro dos EUA

Na semana passada, governo americano apontou que em outubro a inflação subiu mais uma vez e, no acumulado do ano, atingiu a maior alta dos últimos 30 anos

Por Da Redação Atualizado em 16 nov 2021, 16h56 - Publicado em 16 nov 2021, 16h02
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  • O ex-secretário do Tesouro americano Lawrence Summers afirmou que uma falta de resposta ao aumento da inflação nos Estados Unidos pode levar à reeleição do ex-presidente Donald Trump.

    Em publicação no Twitter na segunda-feira, 15, Summers afirmou que as escolhas do presidente Joe Biden para o Federal Reserve, o banco central americano, precisam reconhecer o crescente desafio de conter a inflação, citando o histórico recente de mudanças na liderança política do país.

    “Inflação excessiva e um senso de que não está sendo controlada ajudaram a eleger Richard Nixon e Ronald Reagan, e criam o risco de trazer Donald Trump de volta ao poder”, afirmou.

    A declaração é mais um balde de água fria para Biden, que vive um momento difícil, com taxa de desaprovação de seu trabalho chegando a quase 60%. Segundo uma pesquisa realizada entre eleitores, mais americanos rejeitam uma segunda candidatura do atual presidente do que do ex-mandatário Trump.

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    Na semana passada, o Departamento de Estatísticas dos EUA apontou que em outubro a inflação subiu mais uma vez e, no acumulado do ano, atingiu a maior alta dos últimos 30 anos.

    No ano, o índice CPI mais amplo, que inclui alimentos e combustíveis, acumula alta de 6,2%, o maior índice desde novembro de 1990. Em outubro, a alta foi de 0,9%, acima das estimativas dos economistas da Bloomberg, de 0,6%, e do índice do mês anterior, de 0,4%.

    Os preços da energia subiram 4,8% em outubro e os dos alimentos aumentaram 0,9%, segundo o governo. Concretamente, os preços pagos pelos consumidores pela gasolina encareceram 6,1% no mês passado e subiram 49,6% em um ano.

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    Embora tanto o Federal Reserve quanto o Tesouro americano afirmem que a alta de preços é temporária e deve cair no ano que vem, investidores americanos precificam que já no meio do ano de 2022 o Fed subirá a taxa de juros do país.

    Segundo Lawrence, que atuou como secretário de 1999 a 2001, durante o governo de Bill Clinton, é preciso que o banco central acelere a redução gradual de compras de ativos.

    “O governo fará uma série de nomeações nas próximas semanas. As escolhas do presidente precisam reconhecer, assim como Powell começou a fazer em declarações recentes, que o maior desafio atual para o banco central é conter a inflação”, escreveu, citando o chefe do Federal Reserve, Colin Powell.

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