Inteligência americana sugere que Putin não ordenou a morte de Navalny
De acordo com o 'Wall Street Journal', agências acreditam ser pouco provável que líder russo esteja por trás de um suposto assassinato
Em fevereiro, a morte do principal opositor de Putin, Alexei Navalny, levantou suspeitas sobre a participação do líder russo em um suposto assassinato. Agora, de acordo um jornal americano, agências de inteligência dos Estados Unidos dizem que o envolvimento é pouco provável.
A reportagem do Wall Street Journal diz ter entrado em contato com diversas fontes das agências que investigam o caso e que, entre elas, a posição que descarta a participação de Putin em um suposto assassinato é amplamente aceita. Os consultados teriam envolvimento com a CIA, o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional e a unidade de inteligência do Departamento de Estado.
Ainda de acordo com a reportagem, apesar das alegações das agências, Washington ainda não descarta completamente a participação do líder russo, visto que ele é o principal suspeito de uma tentativa de envenenamento sofrida pelo opositor em 2020. Aliados de Navalny dizem que a conclusão americana é “ingênua e ridícula”.
Desde a morte, anunciada por veículos de comunicação russos em 16 de fevereiro, o governo do país diz não estar envolvido com o suposto assassinado do opositor e tampouco participado do episódio de envenenamento. Representantes do Estado chegaram a dizer que estavam prontos para efetivar uma troca de prisioneiros que envolveria a entrega de Navalny ao ocidente.
Após a veiculação da matéria, o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov diminui a importância das conclusões americanas. “Eu vi o material, eu não diria que é material de alta qualidade que mereça atenção”, ele disse aos repórteres.