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Inteligência dos EUA culpa Irã por ataque a refinarias sauditas

Oficiais americanos divulgaram informações confidenciais e imagens de satélite à imprensa para provar que não houve envolvimento de rebeldes houthis

Por Da Redação
16 set 2019, 08h56
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  • Os Estados Unidos divulgaram imagens de satélites e citaram informações de inteligência para responsabilizar o Irã pelo ataque contra duas refinarias da principal companhia petrolífera do mundo, a estatal saudita Saudi Aramco.

    Rebeldes houthis iemenitas assumiram autoria do bombardeio. O Irã, que apoia os rebeldes, nega envolvimento no caso.

    Autoridades americanas, contudo, vêm acusando Teerã de participação direta no ataque. Um alto funcionário do governo de Donald Trump afirmou à emissora ABC News sob condição de anonimato que o Irã lançou quase uma dúzia de mísseis de cruzeiro e mais de 20 drones de seu território.

    “Foi o Irã. Os houthis estão reivindicando crédito de algo que não fizeram”, disse esse mesmo funcionário sobre os rebeldes iemenitas que assumiram a responsabilidade pelos ataques.

    Outras autoridades americanas divulgaram imagens para a imprensa que mostram pelo menos 17 pontos de impacto nas instalações das refinarias e provam que os ataques vieram do norte ou noroeste – territórios não controlados pelos houthis no Iêmen.

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    Segundo o jornal The New York Times, as fotos mostram que o bombardeio foi realizado provavelmente “do norte do Golfo Pérsico, Irã ou Iraque, e não do Iêmen”.

    Um funcionário citado pelo jornal nova-iorquino também disse que uma combinação de drones e mísseis de cruzeiro “poderia ter sido usada”, o que “indicaria um grau de escopo, precisão e sofisticação que vão além da capacidade dos rebeldes houthis sozinhos”.

    Os veículos de imprensa sugerem que Donald Trump já conhecia as informações sobre o envolvimento do Irã quando, no domingo, disse nas redes sociais que seu país está “carregado e pronto” para responder ao ataque.

    Pelo Twitter, o presidente americano afirmou estar aguardando a resposta de Riad para saber como proceder, embora acredite saber quem é o “culpado”.

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    Trump também autorizou o uso do estoque emergencial de petróleo dos Estados Unidos para garantir um suprimento estável ​​após o ataque, que interrompeu 5% da produção mundial e fez com que os preços do petróleo subissem mais de 19% no início das negociações nesta segunda-feira, antes de recuar para um ganho de 10%.

    Também no domingo, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que não há evidências de que o ataque tenha partido do Iêmen, onde uma coalizão liderada pela Arábia Saudita luta contra os houthis há mais de quatro anos, em um conflito amplamente visto como uma guerra por procuração entre a Arábia Saudita e o rival muçulmano xiita Irã.

    “Em meio a todos os pedidos de redução de tensão, o Irã agora lançou um ataque sem precedentes ao suprimento mundial de energia”, afirmou Pompeo.

    O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, rejeitou as alegações dos Estados Unidos, afirmando serem “sem sentido”. Um alto comandante da Guarda Revolucionária alertou que a República Islâmica está pronta para uma guerra “completa”.

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    “Todas as bases americanas e seus porta-aviões a uma distância de até 2.000 quilômetros ao redor do Irã estão ao alcance de nossos mísseis”, disse o comandante Amirali Hajizadeh, segundo a agência de notícias Tasnim.

    As tensões entre Washington e Teerã já estavam em alta por causa de uma longa disputa entre as duas nações sobre o programa nuclear do Irã, que levou os Estados Unidos a imporem sanções abrangentes sobre a República Islâmica.

    Os preços do petróleo subiram 19% no início das negociações na Ásia nesta segunda-feira, devido a preocupações com a oferta global e as crescentes tensões no Oriente Médio.

    O petróleo Brent registrou seu maior ganho percentual intradia desde o início da Guerra do Golfo em 1991.

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    A gigante petrolífera estatal Saudi Aramco disse que o ataque de sábado reduziu a produção em 5,7 milhões de barris por dia.

    (Com EFE e Reuters)

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