Intensa massa de ar polar transforma Argentina no país mais frio do planeta; veja vídeos
Com temperaturas chegando a 18 graus negativos, onda de frio congelou rios, cachoeiras e provocou nevasca até no litoral da província de Buenos Aires
O avanço de uma massa de ar polar elevou a Argentina ao posto de país mais frio do mundo nas últimas 48 horas, informaram autoridades nesta quarta-feira, 2. O persistente ar gelado cobriu quase todo o país, deixando paisagens surpreendentes e termômetros abaixo de zero em províncias como Salta, Mendoza, Córdoba, Buenos Aires e grande parte da Patagônia. Várias regiões estabeleceram recordes históricos de temperaturas baixas, que congelaram rios e até de uma cachoeira.
Na terça-feira, 1º de julho, uma nevasca histórica formou um tapete branco sobre as praias da província de Buenos Aires pela primeira vez desde 2013. A temperatura mais baixa foi registrada em algumas áreas de Río Negro, na patagônia argentina, onde os termômetros caíram abaixo de 18 graus negativos, enquanto Chubut, nas proximidades, registrou temperatura de -17,2°C. A Cachoeira do Opazo, de 30 metros de altura, congelou completamente devido às temperaturas na região.

A intensa onda de frio polar surpreendeu diversas cidades costeiras da província de Buenos Aires na segunda-feira, onde a neve cobriu praias e balneários, um fenômeno incomum não visto desde 2013, segundo a agência de notícias EFE.
A nevasca começou na tarde de domingo e se intensificou na manhã de segunda-feira nas cidades de Miramar (que ficou mais de três décadas sem presenciar uma queda de neve dessa magnitude), Monte Hermoso, Mar del Plata, Costa del Este e San Eduardo del Mar.
A cidade de Trelew, em Chubut, viu a primeira nevasca em mais de 10 anos. Em Puerto Madryn, a neve forçou a suspensão de uma partida de futebol no domingo. Mais intensa ainda, porém, foi a queda de neve em Santa Cruz e Terra do Fogo: a cidade de Puerto Deseado registrou mais de 25 centímetros de acúmulo de neve, enquanto Ushuaia voltou a exibir sua característica paisagem branca.
Diante dessa situação, o Serviço Nacional de Meteorologia (SMN) da Argentina emitiu alertas amarelo e laranja para temperaturas extremas, que representam risco para grupos vulneráveis como crianças, idosos e portadores de doenças crônicas.
As temperaturas começarão a subir a partir de quinta-feira devido ao vento norte, e o frio deve diminuir.
O SMN divulgou um boletim na terça-feira com o ranking das temperaturas mais baixas do dia:
- Maquinchao, Río Negro: -18°C
- Trelew, Chubut: -10,7°C
- Puerto Madryn, também em Chubut: -10°C
- Chapelco, Neuquén: -9,4°C
- Coronel Suárez, Província de Buenos Aires: -9°C
- Esquel, Chubut: -9°C