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Investigação mostra como Trump agiu para impedir certificação de Biden

Ex-presidente ligou para sua equipe estratégica e tentou atrasar a certificação da vitória

Por Da Redação Atualizado em 30 nov 2021, 16h29 - Publicado em 30 nov 2021, 16h20
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  • O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma série de ligações para importantes membros de sua equipe estratégica horas antes da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro. O objetivo: impedir a vitória eleitoral de seu rival, Joe Biden.

    Dentre os membros estavam seu principal advogado, Rudolph Giuliani, e seu ex-assessor, Steve Bannon.

    Na ligação, Trump disse que seu vice-presidente, Mike Pence, estava relutante em seguir o seu papel cerimonial na sessão conjunta do Congresso. 

    Isso abriria margem para que o derrotado tentasse um segundo mandato. Ao mesmo tempo, houve uma pressão para que a certificação não acontecesse naquele dia.

    Isso daria tempo para que outras alternativas pudessem ser enviadas aos parlamentares de sua base no Capitólio. 

    Em entrevista ao The Guardian, fontes de dentro do governo afirmaram haver uma linha direta entre a Casa Branca e o hotel Willard, onde estavam os membros da equipe.

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    As conversas apontam para um alinhamento entre as falas de Trump e as motivações da multidão que interrompeu a certificação de Biden. 

    A relação do ex-presidente com o hotel se torna cada vez mais foco da investigação do comitê selecionado da Câmara sobre os ataques ao Capitólio, indicando uma ligação entre Trump e a insurreição.

    Em resposta, os advogados que estavam no Willard negam que houve uma tentativa de impedimento, alegando apenas um atraso para averiguar as acusações de suposta fraude eleitoral. 

    Os telefonemas ocorreram na noite de 5 de janeiro, um dia depois de uma reunião em que a equipe achava que Pence poderia utilizar de seus poderes como vice-presidente para impedir a vitória de Biden. 

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    No encontro ocorrido no Salão Oval e com a presença de Trump, foi apresentado um memorando detalhando como essa interferência poderia acontecer. 

    Ele incluía um atraso para dar aos estados tempo para que enviassem supostas listas fraudulentas de eleitores.

    O procurador-geral em exercício na época já havia dito que não havia evidência necessária que sustentasse a ideia. 

    No entanto, Pence resistiu aos pedidos de Trump  e ordenou que fosse excluído do plano. 

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    Furioso, Trump teria começado a sua série de ligações para sua equipe presente no hotel Willard informando que seu vice-presidente estaria pronto para abandoná-lo no momento de maior necessidade.

    Depois do recuo, a alternativa encontrada foi persuadir membros do partido republicado a encontrar problemas que pudessem atrasar a certificação. 

    Não ficou claro se Trump pediu para que o processo fosse interrompido a qualquer custo, mas as fontes afirmam que o ex-presidente gostou de assistir a insurreição. 

    O principal advogado do republicano no Willard, Giuliani, ligou para pelo menos um senador na noite de 6 de janeiro e implorou para que ele ajudasse a adiar a sessão do Congresso para o dia seguinte.

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    Em uma mensagem de voz gravada por volta de 19h, o advogado pedia a Tommy Tuberville, senador pelo estado do Alabama, que se opusesse a 10 estados em que Biden havia vencido.

    Apesar dos relatos, há uma dificuldade em provar na justiça a ligação de Donald Trump com os atos de 6 de janeiro.

    As ligações feitas da Casa Branca não são automaticamente memorizadas em registros enviados aos Arquivos Nacionais após o fim de um mandato. 

    Investigadores do comitê abriram nova investigação neste mês sobre as atividades ocorridas no hotel.

    O presidente da investigação, Bennie Thompson, disse que o grupo estava perseguindo todos os funcionários de Trump presentes no hotel para descobrir os detalhes sobre seus esforços para derrubar o resultado das eleições.

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