O Ministério da Saúde do Irã informou nesta sexta-feira, 21, que treze outras pessoas foram diagnosticadas com o coronavírus no país e duas delas morreram, subindo o número de mortes por Covid-19 para quatro em todo o país.
Neste dia, em que são realizadas eleições parlamentares no país, muitas pessoas optaram por usar máscaras quando foram às urnas. Além das novas infecções anunciadas nesta sexta, cinco outros casos já tinham sido detectados ao longo da semana.
Os novos infectados são sete iranianos da cidade sagrada de Qom, quatro da capital Teerã e dois da província de Gilan, disse o porta-voz Kianush Yahanpur, no Twitter. Yahanpur explicou que a maioria dos novos infectados são moradores de Qom ou cidadãos que viajaram recentemente para esta cidade.
As duas novas mortes no país também foram registradas em Qom. As autoridades desta cidade, sede do santuário de Fatemeh Masumeh, irmã do oitavo imã xiita Reza, decidiram ontem fechar escolas e universidades para tentar controlar o contágio.
Quanto aos infectados anteriores, dois foram registrados em Qom e outro na cidade de Arak, sendo este último um médico.
O Irã não havia registrado nenhum caso de infecção por coronavírus até o final de quarta-feira 19. O governo iraniano anunciou a criação de uma sede central para combate e prevenção do vírus no Ministério da Saúde.
As autoridades iranianas repatriaram dezenas de estudantes iranianos no início do mês da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do coronavírus. Os cidadãos passaram pelo período de quarentena sem contágio.
Conoravírus no Oriente Médio
Até o momento não foram registrados muitos casos do novo coronavírus no Oriente Médio. Nove pacientes com a doença foram diagnosticados nos Emirados Árabes Unidos, um destino turístico popular, e um paciente foi registrado no Egito. Dos nove casos nos EAU, sete são chineses, um filipino e um indiano.
O Iraque, que faz fronteira com o Irã, não tem casos confirmados, mas já tomou medidas para evitar a entrada de iranianos. O governo suspendeu a emissão de vistos para cidadãos do país e restringiu voos entre as duas nações.
Também nesta sexta, as autoridades israelenses confirmaram um primeiro caso de coronavírus, referente a um passageiro que foi posto em quarentena no cruzeiro Diamond Princess, antes de ser repatriado esta semana para Israel.
“Um dos passageiros de volta do cruzeiro no Japão testou positivo ao fim dos testes feitos no laboratório central do Ministério da Saúde”, afirmou o governo israelense em um breve comunicado, acrescentando que os outros cerca de dez israelenses que voltaram para casa desta mesma viagem não foram infectados.
(Com EFE e AFP)