Irã diz que ataque a Israel é ‘resposta legal, racional e legítima’ a ‘atos terroristas’
Missão iraniana afirmou ainda que se Israel "ousar em responder ou cometer novos atos malignos, uma resposta subsequente e arrasadora será feita"
A Missão do Irã nas Nações Unidas afirmou na tarde desta terça-feira, 1, que a resposta de Teerã foi “devidamente realizada”, após uma série de mísseis serem lançados contra Israel. Segundo a Guarda Revolucionária do Irã, o ataque é uma retaliação pela morte dos líderes do Hezbollah e do Hamas em bombardeios israelenses no Líbano e em território iraniano.
“A resposta legal, racional e legítima aos atos terroristas do regime sionista – que envolveram ações contra cidadãos e interesses iranianos e infringiram a soberania da República Islâmica do Irã – foi devidamente realizada”, afirmou a missão permanente iraniana na ONU em publicação no X, antigo Twitter.
No texto, a missão afirma ainda que se Israel “ousar em responder ou cometer novos atos malignos, uma resposta subsequente e arrasadora será feita”.
O Irã é apontado como principal financiador da milícia libanesa Hezbollah e prometeu retaliação após ataques que mataram a liderança do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no fim de semana, assim como outras autoridades do alto escalão do grupo. Ele esteve na liderança do Hezbollah desde 1992 e foi o responsável por levar o grupo para a vida política do Líbano.
Israel lançou os ataques aéreos mais intensos contra o Líbano desde a guerra de 2006, contra o Hezbollah, há duas semanas. Foi o estopim de meses de trocas de disparos, desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, quando a milícia libanesa iniciou ataques em solidariedade ao povo palestino.
Teerã também havia rejeitado apelos de uma série de países ocidentais, em agosto, ao reiterar que não se absteria de atacar Israel como resposta ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em território iraniano, um mês antes. O recém-empossado presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que a retaliação era “direito legal” de seu país, além de uma “maneira de impedir crimes”.