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Irã executa homem acusado de ser espião do Mossad em meio a conflito com Israel

O indivíduo, identificado como Ismail Fakhri, havia sido detido em 2023 e foi responsabilizado por 'agir contra os interesses da segurança nacional iraniana'

Por Sara Salbert Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jun 2025, 09h34

As autoridades iranianas anunciaram nesta segunda-feira, 16,  a execução de um homem acusado de ser um agente do órgão de inteligência israelense Mossad, no quarto dia de conflito entre Israel e Irã. O indivíduo, identificado como Ismail Fakhri, havia sido detido em 2023 e foi enforcado após um processo judicial que o considerou culpado de agir contra os interesses da segurança nacional iraniana.

“Esmaeil Fekri, um agente do Mossad considerado culpado dos crimes capitais de corrupção e ‘moharebeh’ (um conceito religioso traduzido como ‘guerra contra Deus’), foi executado por enforcamento após processo judicial”, disse o site de notícias Mizan Online, vinculado ao Poder Judiciário da República Islâmica.

A execução foi realizada sob o código penal iraniano, que permite a pena de morte para indivíduos condenados por espionagem, particularmente em casos envolvendo serviços de inteligência estrangeiros.

“Se uma pessoa é detida por vínculos com o regime sionista e colabora com ele, seu julgamento e previsões devem ser pronunciados muito rapidamente, em conformidade com a lei e considerando as condições da guerra”, afirmou nesta segunda o chefe do Poder Judiciário iraniano, Gholamhossein Mohseni Ejei, segundo a agência de notícias Tasnim, vinculada à Guarda Revolucionária do Irã.

Grupos internacionais de direitos humanos há muito criticam as execuções por espionagem no Irã, especialmente em relação à transparência, ao acesso a advogados e ao devido processo legal. No entanto, as autoridades iranianas insistem que tais ações são necessárias para proteger a segurança nacional.

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Segundo a agência de notícias a Reuters, a execução de Fakhri é a terceira nas últimas semanas relacionada à realização de espionagem para Israel – que teve um papel importante nos enormes ataques direcionados contra chefes militares e instalações nucleares iranianas na última sexta-feira.

Naquele dia, os três principais líderes militares do Irã foram assassinados. Dois dias depois, a agência de notícias Tasnim informou que o chefe de inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Kazemi, e seu vice também foram mortos numa nova rodada de ataques israelenses a Teerã.

Novos ataques

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Quatro dias depois do ataque surpresa de Israel, os dois exércitos mais poderosos do Oriente Médio não mostram sinais de arrefecimento. Nesta segunda-feira, ao menos oito pessoas morreram devido a uma onda de ataques com mísseis do Irã contra as cidades de Tel Aviv e Haifa, no centro do país. Os foguetes também destruíram casas e deixaram ao menos 87 feridos, segundo o serviço de emergência de Israel, Magen David Adom (MDA) – que anteriormente havia identificado quatro dos mortos como duas mulheres e dois homens, todos com idades próximas a 70 anos.

+ Irã e Israel intensificam ataques e espectro de guerra total cresce no quarto dia de conflito

Mísseis iranianos também atingiram a maior refinaria de petróleo de Israel, na Baía de Haifa, no norte de Israel, de acordo com imagens verificadas pelo The New York Times. Com os novos ataques, o número de mortos em território israelense subiu para 22, sendo pelo menos 21 identificados como civis, de acordo com o serviço nacional de emergência MDA.

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Já os israelenses mataram ao menos 224 pessoas no Irã, 90% das quais seriam civis, segundo o Ministério da Saúde do país. Mais de 1.400 pessoas ficaram feridas.

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