Com as últimas altas no número de casos confirmados, o Irã pode estar sendo o primeiro caso mundial de uma segunda onda de Coronavírus. A república Islâmica, em fevereiro, foi um dos países epicentros do vírus registrando 182 525 casos e 8 659 mortes – o país ficou atrás apenas da China e Itália.
O surto parecia estar estabilizado, a abertura comercial aconteceu gradativamente. Até nas últimas semanas as curvas de casos mostrarem dois novos picos: um na última semana de março e outro na primeira semana de junho.
Em março, o Irã registrou, por dias consecutivos, um total de mais de 3 mil contaminações – chegando no penúltimo dia do mês com um total de 3 186 casos. Os números abaixaram, porém voltaram a crescer na última semana ao mesmo patamar de três meses atrás. No dia 04 de junho foram contabilizados cerca de 3,5 mil infectados – o maior número desde o começo da pandemia em fevereiro.
O governo afirma que a reabertura econômica, assim como o fim das medidas restritivas e a realização de mais testes são os principais fatores para o aumento de casos. O epidemiologista-chefe do Ministério da Saúde, Mohammad-Mehdi Gouya disse que assim a doença foi detectada em assintomáticos ou pessoas com sintomas leves.
Segundo o site Worldometers, os números comprovam a fala de Gouya. O país faz cerca de 14 mil exames para cada 1 milhão de habitantes – número expressivamente maior quando comparamos com os valores brasileiros – aqui são realizados cerca de 6 mil testes para cada 1 milhão de habitantes.