Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Iraque contabiliza mais de 100 mortos em seis dias de protestos

O governo iraquiano intensificou os esforços para conter a exaltação popular que abalou Bagdá e várias cidades do sul do país desde a última terça-feira

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 30 jul 2020, 19h38 - Publicado em 7 out 2019, 02h05

Sete manifestantes foram mortos neste domingo em protestos contra o governo na capital do Iraque, Bagdá, nas mais recentes mortes em seis dias de confrontos que já deixaram mais de 100 mortos e milhares de feridos, segundo autoridades locais.

O governo iraquiano intensificou os esforços para conter a exaltação popular que abalou Bagdá e várias cidades do sul do país desde a última terça-feira. Forças de segurança têm repreendido os comícios espontâneos de manifestantes exigindo empregos, melhores serviços e o fim da corrupção endêmica no país.

Na primeira declaração oficial do governo, o porta-voz do Ministério do Interior, Saad Maan, afirmou neste domingo que 104 pessoas foram mortas em seis dias de protestos, incluindo oito membros das forças de segurança, e mais de 6 mil ficaram feridas. Segundo ele, uma investigação está em andamento para determinar quem está por trás do dia de maior violência em Bagdá, registrado na sexta-feira.

 

 

Os atuais protestos são o desafio mais sério que o Iraque enfrenta dois anos após a vitória contra militantes do Estado Islâmico. A confusão chega em um momento crítico para o governo, que foi pego no meio da crescente tensão entre EUA e Irã na região. O Iraque é aliado dos dois países e anfitrião de milhares de tropas americanas, bem como poderosas forças paramilitares aliadas ao Irã.

O líder espiritual xiita mais antigo do Iraque, o Aiatolá Ali al-Sistani, instou os manifestantes e as forças de segurança a acabar com a violência enquanto o primeiro ministro do país pediu aos manifestantes que voltassem para casa. O primeiro ministro Adel Abdul-Mahdi também prometeu se reunir com os manifestantes onde quer que estejam, sem as forças armadas, para ouvir suas demandas. Abdul-Mahdi defendeu as forças de segurança, dizendo que estavam realizando seu dever e usaria a força apenas em casos extremos. “Não podemos aceitar a continuação da situação como esta”, disse.

O porta-voz do Ministério do Interior afirmou que os manifestantes queimaram 51 prédios públicos e oito sedes de partidos políticos. Segundo ele, as forças de segurança não confrontaram os manifestantes, mas “mãos maliciosas” estariam por trás de alvejar tanto manifestantes quanto membros da segurança. A declaraçãocontradiz relatos de manifestantes e jornalistas, que disseram ter testemunhado forças de segurança disparando contra manifestantes. Alguns manifestantes afirmaram que atiradores também participaram do confronto. Maan disse a maioria dos mortos na sexta-feira foi atingida na cabeça e no coração.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.