Israel ameaça Irã com resposta militar caso Mar Vermelho seja bloqueado
A afirmação vem após um ataque contra dois petroleiros sauditas executado por rebeldes do Iêmen apoiados pelo Irã
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu hoje (2/8) que o país se unirá a uma coalizão militar internacional caso o Irã bloqueie o estreito de Bab al-Mandab, que dá acesso ao Mar Vermelho, após um ataque contra dois petroleiros sauditas executado por rebeldes do Iêmen.
O estreito, uma das vias marítimas mais ativas do mundo, é vital para o fornecimento de petróleo a partir dos países do Golfo, também é rota comercial importante, ligando a Europa e o Mediterrâneo via canal e golfo de Suez à África oriental, ao Oriente Médio e ao sul da Ásia.
“No início desta semana fomos testemunhas dos duros confrontos com os aliados do Irã, que tentaram bloquear a navegação internacional no estreito que serve de entrada ao Mar Vermelho”, afirmou Netanyahu durante uma cerimônia militar, segundo um comunicado de seu gabinete.
“Se o Irã tentar bloquear o estreito de Bab al-Mandab, tenho certeza de que este país se encontrará em uma coalizão internacional decidida a evitar isto. Esta coalizão também incluirá o Estado de Israel e suas armas”, advertiu.
Israel considera o Irã seu principal inimigo e Netanyahu fez vários alertas contra a expansão da presença militar iraniana na região.
O estreito de Bab al-Mandab separa a península arábica da região do Chifre da África, bem como o Mar Vermelho do Oceano Índico e do Mar Arábico. A área é um local de passagem dos petroleiros procedentes da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque que seguem para a Europa e pontos mais distantes através do canal de Suez.
Em 26 de julho, a Arábia Saudita suspendeu o fornecimento de petróleo através do estreito de Bab al-Mandab após um ataque no Mar Vermelho dos rebeldes huthis contra dois de seus petroleiros.
Os rebeldes iemenitas anunciaram ontem pausas em suas operações navais por um período de suas semanas, que pode ser prorrogado.
(Com AFP)