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Israel aprova lei que torna mais difícil a divisão de Jerusalém

Emenda aprovada pelo parlamento israelense eleva de 61 para 80 o número de votos necessários para a partilha da soberania da cidade

Por Da redação
2 jan 2018, 18h40
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  • Cidade Velha de Jerusalém
    Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha, situado no monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém (Istock/Getty Images)

    O parlamento israelense aprovou nesta terça-feira um projeto de lei para dificultar a divisão da soberania de Jerusalém entre Israel e os palestinos em um eventual acordo de paz.

    A emenda, aprovada por 64 votos contra 51, elevou de 61 para 80 o número de votos necessários para que a câmara de 120 membros aprove qualquer proposta para entregar uma área da cidade a “uma parte estrangeira”.

    O projeto, apresentado por um deputado do partido nacionalista Lar Judeu, também permite modificar a definição “municipal” de Jerusalém, de forma que alguns setores da cidade sejam “declarados como entidades separadas”, segundo um comunicado do parlamento israelense.

    Este projeto complica ainda mais a esperança de uma solução de dois Estados no conflito israelense-palestino, menos de um mês depois da decisão do presidente americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém com capital de Israel.

    Israel ocupa Jerusalém Oriental e a Cisjordânia desde a guerra de 1967. Em 30 de julho de 1980, o parlamento israelense aprovou a anexação de Jerusalém, decisão condenada pelo Conselho de Segurança da ONU em 20 de agosto do mesmo ano.

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    Israel considera que sua capital é o conjunto de Jerusalém, enquanto que os palestinos aspiram a que Jerusalém Oriental seja a capital de um futuro Estado palestino.

    “Garantimos a unidade de Jerusalém”, declarou no Twitter o ministro da Educação Naftali Bennett, líder do Lar Judeu. “O Monte das Oliveiras, a Cidade Velha e a Cidade de David continuarão sendo nossos para sempre”, acrescentou, referindo-se a lugares situados na parte palestina de Jerusalém.

    Empecilho para a paz

    O deputado opositor Dov Khenin disse que a lei também deveria se chamar “lei para impedir a paz” e que teme “um banho de sangue”.

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    Para o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erakat, os israelenses tomam essas posições porque têm o apoio dos Estados Unidos. “A administração americana adota a posição da ocupação”, afirmou a uma rádio local, assegurando que os palestinos “lutarão contra as tentativas americana e israelense de impor suas soluções”.

    A decisão de Trump, anunciada em 6 de dezembro, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, rompe com décadas de diplomacia americana e internacional.

    Segundo o presidente palestino, Mahmud Abbas, os Estados Unidos não pode ter qualquer papel histórico como mediador de paz. Na segunda, lamentou que a Casa Branca “se negue a condenar as implantações de colônias israelenses, os ataques sistemáticos e os crimes da ocupação israelense contra o povo da Palestina“.

    (Com AFP e Reuters)

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