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Israel atacou pelo menos oito grupos humanitários em Gaza, diz relatório

De acordo com a ONU, 254 funcionários de ONGs e caridades foram mortos em Gaza desde o início da guerra Israel-Hamas

Por Da Redação
14 Maio 2024, 14h57

A ONG Human Rights Watch (HRW) divulgou nesta terça-feira, 14, um relatório afirmando que o exército de Israel realizou pelo menos oito ataques contra comboios e infraestruturas de organizações humanitárias em Gaza desde outubro do ano passado, quando começou a guerra contra o Hamas

Segundo o levantamento, as forças israelenses não emitiram aviso prévio aos grupos de ajuda humanitária antes dos ataques que mataram ou feriram pelo menos 31 pessoas, mesmo depois dos trabalhadores compartilharem suas coordenadas e se identificarem com logotipos das organizações.

Por um lado, Israel está bloqueando o acesso a provisões humanitárias essenciais para salvar vidas e, por outro, atacando comboios que entregam parte da pequena quantidade cuja entrada é permitida. As forças israelenses deveriam pôr fim imediatamente aos seus ataques às organizações humanitárias e deveria haver responsabilização por estes crimes”, afirmou a diretora da HRW, Belkis Wille.

De acordo com as Nações Unidas, 254 funcionários de organizações humanitárias foram mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e os terroristas Hamas, em outubro do ano passado. Os trabalhadores da UNRWA, principal agência das Nações Unidas no enclave palestino, representam 188 dessas mortes. Outros 429 civis teriam sido mortos dentro de abrigos humanitários. 

O relatório foi divulgado um dia depois de um funcionário das Nações Unidas ser morto durante um ataque que atingiu um veículo – com o logotipo da organização internacional – em Rafah, cidade que os israelenses pretendem invadir. O texto concluiu que estes ataques estão tendo um efeito inibidor nos esforços para fornecer ajuda vital em Gaza”. 

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Ataques à trabalhadores humanitários

No relatório, a HRW detalhou oito ataques israelenses contra grupos de ajuda que prestavam serviços essenciais na Faixa de Gaza. Em todos os casos mencionados, as organizações forneceram suas coordenadas às autoridades israelenses antes de serem atacadas. 

Em 1º de abril, sete funcionários da ONG World Central Kitchen, que distribui alimentos no território palestino, morreram em um ataque com drones israelenses à três veículos. Segundo a HRW, o comboio “estava percorrendo uma rota que a organização disse ter combinado com os militares israelenses”, além dos carros terem sido identificados com o logotipo da World Central Kitchen.

Depois do incidente, Israel sofreu pressão internacional para que os ataques às organizações de ajuda não se repitam.

Tel Aviv admitiu a autoria dos disparos, mas alegou que “não havia intenção de prejudicar os trabalhadores humanitários”, segundo o chefe do Estado-Maior Geral das Forças de Defesa de Israel (FDI), Herzi Halevi. Em resposta, um coronel e um major das FDI foram demitidos após uma investigação sobre o caso.

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Em 8 de janeiro, um abrigo da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi atingido por um projétil de Israel que atravessou o edifício onde mais de 100 funcionários e suas famílias estavam hospedados, em Khan Younis, cidade no sul da Faixa de Gaza. O ataque matou a filha de 5 anos de um dos funcionários do MSF e deixou outras quatro pessoas feridas. 

No ano passado, em 9 de dezembro, a marinha israelense disparou tiros de canhão contra um albergue da UNRWA em Rafah, enquanto 10 funcionários dormiam. A agência das Nações Unidas disse à HRW que fornecia regularmente suas coordenadas às autoridades israelenses e que não recebeu nenhum aviso prévio sobre a ofensiva. 

Além desses três casos, o relatório destaca os ataques a um comboio do MSF em 18 de novembro; a um abrigo do Comitê Internacional de Resgate (IRC) e de Ajuda Médica aos Palestinos (MAP), em 18 de janeiro; a um comboio da UNRWA em 5 de fevereiro; a um abrigo do MSF, em 20 de fevereiro, e outro da American Near East Refugee Aid, em 8 de março.

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