O Exército de Israel bombardeou Gaza em resposta ao lançamento de balões incendiários em direção ao seu território na segunda-feira, 24, dois dias depois de a região de fronteira ser marcada por uma violenta manifestação na qual 41 palestinos e um policial israelense foram baleados.
Não houve relatos imediatos de mortes causadas pelos ataques aéreos, que, segundo militares israelenses, tinha como alvo uma local de produção de armamentos e um ponto de lançamento de foguetes pertencentes ao Hamas, o grupo que governa Gaza.
“Um ponto subterrâneo de lançamento de foguetes do Hamas localizado adjacente a casas civis e uma escola em Shujaiya também foi atingido”, confirmou o Exército, afirmando que “os ataques foram uma resposta aos balões incendiários lançados pelo Hamas em direção ao território israelense”.
Desde que um cessar-fogo mediado pelo Egito amenizou confrontos entre Israel e o Hamas em maio, grupos em Gaza lançam esporadicamente balões incendiários, gerando ataques de forças israelense contra alvos que dizem ser do Hamas.
Os palestinos afirmam que os balões têm objetivo de pressionar Israel a aliviar restrições sobre Gaza e permitir que ajuda humanitária chegue ao território. Balões incendiários são de fácil produção, à medida que consistem em balões de gás hélio amarrados a explosivos ou aparatos em chamas.
Lançados a partir do enclave, os balões provocaram incêndios em meio à escalada das tensões entre Israel e as milícias palestinas enquanto as partes tentam consolidar a trégua que pôs fim ao conflito ocorrido em maio.
No sábado, facções palestinas reeditaram as chamadas Marchas do Retorno (2018-2019), protestos que exigem o fim do bloqueio a Gaza e o retorno de refugiados palestinos a Israel. Nessa manifestação, um policial de fronteira israelense foi ferido por tiros disparados por militantes em Gaza.
Em resposta, as tropas de Israel usaram meios de dispersão, incluindo munição real, contra quem tentava sabotar a cerca divisória, lançar explosivos e roubar armas de soldados.