O governo de Israel confirmou a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, 62 anos, nesta quinta-feira, 17, após operação militar na Faixa de Gaza.
“O assassino em massa Yahya Sinwar, responsável pelo massacre e atrocidades de 7 de outubro, foi morto hoje por soldados das Forças de Defesa de Israel”, disse o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, em comunicado.
O terrorista islâmico foi o principal arquiteto do ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1 200 israelenses e o sequestro de outros 250, resultando na atual guerra no Oriente Médio.
O assassinato representa uma vitória política para o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que trava há um ano trava uma guerra contra o Hamas. O conflito já resultou na morte de 42.000 palestinos e quase 100 israelenses ainda são mantidos em cativeiro.
A morte de Sinwar se junta à eliminação de outros líderes do terror islâmico. Em 31 de julho, Ismail Haniyeh, também do Hamas, foi morto em bombardeio atribuído a Israel em Teerã, a capital do Irã.
Em 27 de setembro foi a vez de Hassan Nasrallah, comandante do grupo extremista Hezbollah, do Líbano, morto em ataque aéreo a Beirute, capital do país.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que a morte de Sinwar ocorreu durante operação no sul de Gaza.
“Após concluir o processo de identificação do corpo, pode-se confirmar que Yahya Sinwar foi eliminado.”
A notícia também foi publicada nas redes sociais das FDI.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi informado da morte do terrorista quando estava em voo para Berlim, na Alemanha, onde cumprirá agenda de conversas com líderes europeus.
Segundo o jornal Times of Israel, Katz enviou uma mensagem a dezenas de outros ministros de Relações Exteriores ao redor do mundo.
No documento, ele afirma ser a primeira fonte oficial de Israel a confirmar o assassinato do terrorista, apesar da identificação por DNA ainda estar sendo processada.
“Esta é uma grande conquista militar e moral para Israel e uma vitória para todo o mundo livre contra o eixo maligno do Islã radical liderado pelo Irã”, prossegue na mensagem.
Ele afirma ainda que a morte de Sinwar “cria a possibilidade” de retirar os reféns imediatamente e de criar uma Gaza livre do Hamas e do controle iraniano.
“Israel precisa do seu apoio e assistência agora mais do que nunca para avançarmos juntos nesses objetivos”, afirma o ministro.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, também veio a público comentar o sucesso da operação.
Herzog descreveu Sinwar como o “mentor” por trás dos ataques do Hamas de 7 de outubro a Israel e o “responsável por atos hediondos de terrorismo contra civis israelenses” durante anos.
“Seus atos foram dedicados ao terror, ao derramamento de sangue e à desestabilização do Oriente Médio”, prosseguiu.